
Fica pior sim, Tiririca
Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, nasceu para a política há quatro anos com uma campanha ridícula. Dono de uma única frase – vote no Tiririca porque pior que está não fica – na campanha toda, arrebanhou mais de 1,3 milhão de votos de despreparados eleitores.
Agora ele volta fazendo uma paródia de gosto duvidoso com uma campanha publicitária de um frigorífico. Sobre os quatro anos que passou em Brasília, uma rápida prestação de contas, nem uma palavra. É por isso que a sensação que se tem é que piorou.
E piorou muito. Com o Tiririca ou sem ele a vida política do País piorou sim. A corrupção não foi controlada. Ao contrário, aumentou de forma assustadora. As promessas feitas na campanha passada, passaram ao largo. Não houve um grande projeto. Tudo mais do mesmo. Ou pior que o mesmo.
No governo central ou nos regionais o que se presenciou foram denúncias de toda ordem. Prejuízo para o erário público. Para o bolso do cidadão contribuinte. Os valores em deterioração crescente. A ética está longe de fazer parte da vida das pessoas.
E o que ainda representava certa qualidade, foi por água abaixo. As campanhas eleitorais ainda tinham “o dom de iludir”. Nem isso tem mais. Tem um candidato que depois de quatro anos só consegue fazer uma versão de propaganda de carne.
Parece que nem mesmo os marqueteiros conseguem ter ideias boas para políticos tão ruins. Há uma avacalhação geral. Uma coisa sem concorrência que preste. Pois vejam que o candidato a governador paulista Paulo Skaf (PMDB), disse em seu programa que falta “tesão” ao governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Pela imagem de bom moço de Skaf, querendo implantar no Estado um governo assim meio privado, a palavra soou de forma falsa, sem a necessária força. Uma coisa perdida no meio de um discurso que não era bem aquele.
Aí, pra ficar apenas na propaganda paulista, dia desses um locutor de programa eleitoral de rádio disse que Alckmin não poderia ir ao programa e, por isso, estava participando por telefone.
Ora, ora, ora. Qualquer eleitor mediano sabe que os programas eleitorais de rádio e televisão são gravados. E que a afirmação é uma balela inventada por um marqueteiro cansado.
Tudo isso serve para mostrar, senhor deputado Tiririca, que é possível ficar pior sim. Até os programas eleitorais pioraram de quatro anos para cá. Com a ajuda do senhor, que não tem contas a prestar, mas novos pedidos de votos a fazer.
E ainda será necessário um esforço hercúleo para que não fique pior daqui a quatro anos. Será muita decepção.