A força das mobilizações

A força das mobilizações

União de alunos e professores leva governo estadual a desistir do fechamento de escolas em Ribeirão Preto

Depois de mais de 20 anos de regime militar, onde a intervenção popular em questões políticas era reprimida com vigor, os brasileiros praticamente se esqueceram o que é se manifestar, pressionar as autoridades.

O retorno às ruas, depois das campanhas das Diretas Já, aconteceu em 2013 quando milhares foram às ruas em protestos gigantescos com o álibi de protestar contra o reajuste das passagens de ônibus. Neste ano, novas manifestações ocorreram, desta vez pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Mas pela distância a se alcançar, muitas manifestações ficam longe de conseguir o intento e, às vezes se perdem pelo caminho. Mas ao menos uma manifestação recente, ocorrida em Ribeirão Preto e em várias cidades do estado de São Paulo surtiram bom resultado: a luta contra o fechamento de escolas estaduais.

É claro que 94 escolas estaduais serão fechadas em outras cidades, mas Ribeirão Preto, em função de manifestações de alunos e professores, o fechamento de unidades escolares – a previsão era fechar cinco escolas – foi cancelado pelo governo estadual.

A mudança da decisão se deu, sim, em função das pessoas nas ruas. Da denúncia feita em locais públicos e, um pouco, da interferência de políticos com certo poder de pressão.

É claro que muitos políticos já estão comemorando o resultado como se fossem eles os principais responsáveis pela desistência do fechamento das escolas. Podem ter tido certa influência, mas conversas de gabinete certamente não mudariam uma decisão de governo, principalmente se ela fosse de extrema necessidade.

Mas é bom que os cidadãos percebam a força que têm quando se organizam por causas que consideram importantes. É também interessante que os políticos consigam entender que o contribuinte/eleitor é quem pode definir os rumos das decisões.

LOTEAMENTOS
A Comissão Especial de Estudos (CEE) que analisa a viabilidade de fechamento de bairros e loteamentos, atuais e futuros, presidida pela vereadora Viviane Alexandre, faz nesta quinta-feira, dia 29, a sua primeira audiência pública. Participa da reunião o secretário municipal de Planejamento e Gestão Pública, Fernando Piccolo. O fechamento de loteamentos ou bairros não tem previsão legal e é tema ainda controverso e motivo de muita discussão.

GESTÃO DO DAERP
Também nesta quinta-feira a CEE que analisa a gestão do Daerp ouve o diretor jurídico da autarquia, Daniel Brondi. O presidente da Comissão, vereador Bertinho Scandiuzzi (PSDB) questiona várias ações da administração do Daerp, entre elas a licitação para a retirada do lodo da Estação de Tratamento de Esgoto.

ATUALIZAÇÃO DA PLANTA GENÉRICA
O vereador Ricardo Silva (PDT), líder da oposição na Câmara Municipal, comemorou antes da hora a suspensão de uma licitação da Prefeitura com valor superior a R$ 10 milhões, como uma vitória do diálogo. Mas a licitação já voltou, com novas datas e o mesmo valor inicial. A concorrência em questão é para a contratação de empresa para prestação de serviços técnicos especializados de engenharia cartográfica, com o intuito de realizar o recadastramento da Planta Genérica de Valores da cidade. Foi apenas uma suspensão temporária.

CONCURSO
O concurso público da Câmara Municipal para o preenchimento dos cargos de Diretor de Imagens (TV), Recepcionista, Fotógrafo, Editor de Videotape e Radiotelefonista está marcado para o próximo domingo, dia 1º, nos períodos de manhã e tarde, na escola Alfeu Gasparini, no Ipiranga. De manhã, os portões serão fechados às 9h e à tarde, às 14h30.

ELE DISSE
“Aqui em Ribeirão Preto será mais uma reunião política. E a reunião tem que ser técnica”
Maurílio Romano (PP), vereador em Ribeirão Preto, ao definir que o encontro para discutir a ampliação e internacionalização do aeroporto Leite Lopes seja em Brasília. A maioria dos participantes, no entanto, será formada por políticos.

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