Há exceções sim, felizmente
Guto Silveira
19 Fev 2015 13:01
Vereador foi voto solitário em projeto sobre cobrança de água
O vereador Luciano Takeda (PRB), de Barrinha, reclamou de um texto aqui publicado sobre a votação do projeto do prefeito da cidade que criaria novos valores para a cobrança de água e obrigaria a instalação de hidrômetros na cidade.
Reclamou com razão. Ele foi o único a votar a favor do projeto, por entender que cada um deve pagar pelo que consome. Hoje a Prefeitura cobra taxa única de todos os consumidores, independentemente do volume gasto. Isso não estimula a economia tão necessária em tempos de crise hídrica.
Por seu voto, Takeda foi muito criticado. “Fui o único vereador a votar favorável ao projeto, cheguei a ser hostilizado por alguns munícipes que tinham interesse direto na reprovação do projeto”, afirmou.
“Porém, creio que a questão ÁGUA deva se sobrepor a esta classe minoritária, tanto em nosso município quanto nas demais cidades do nosso Brasil e medidas satisfativas deverão ser adotadas urgentemente por todos os governantes, sejam elas no âmbito municipal, estadual e federal”, registrou o vereador em sua mensagem.
Parlamentares como Takeda, que pensam antes na coletividade na hora de votar algum projeto, existem em vários locais. São minoria, infelizmente. Porque a maioria não consegue entender que a vaia, a crítica é muito menor que o bem comum.
A maioria prefere pensar na eleição seguinte. Sem conseguir enxergar um pouco mais longe e perceber que o bem estar da sociedade é mais importante. E que mesmo os eleitores mais reticentes uma hora entendem que é preciso pensar no futuro.
Que políticos como o vereador Takeda continuem a militar, muito embora possam sofrer derrotas momentâneas. Eles são imprescindíveis para mostrar aos demais que há outros caminhos, que não apenas o do voto fácil.
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