Há, sim, bons exemplos

Há, sim, bons exemplos

Não é preciso ser expert em comportamentos para se perceber que há uma séria crise ética na maioria dos setores da sociedade. Não apenas brasileira, diga-se. Percebemos mais em função da proximidade.


Há uma lacuna ética, de caráter. A maioria da população está muito interessada em ver crescer o saldo bancário e nem avalia com o devido rigor e critério qual o custo do sucesso econômico.

Há, é claro, em meio a essa zona cinzenta de credibilidade, bons exemplos que mostram que há a possibilidade de se continuar a investir no ser humano. É possível acreditar que mudanças podem ser feitas.

Um destes fatos ocorreu na tarde da terça-feira, dia 1º, quando o médico e gerente da UBDS do Sumarezinho (Rua Cuiabá), atendeu a um convite da Comissão Especial de Estudos (CEE) da Câmara que analisa o atendimento na rede municipal de saúde.

Ele foi o único de cinco convidados a comparecer. A presença, em caso de CEE, não é obrigatória. Depende do caráter e de critérios éticos dos convidados. Podem se oferecer a colaborar ou não.

“Vim porque achei que se há mudança eu posso colaborar”, disse o médico. Ele acreditou que poderia encontrar no local os outros quatro convidados pelos vereadores. O que não ocorreu.

Sozinho, ele ficou a medir palavras durante o depoimento. Fez críticas generalizadas ao afastamento, pelas pessoas, de princípios éticos, quando muitos preocupam-se mais com o sucesso financeiro que com o produto final do trabalho.

Mas não mediu o que disse para não se comprometer ou para se esconder atrás de palavras. E sim para manter o necessário equilíbrio e espaço para trabalhar por melhorias, sem ferir melindres. E também para não ser usado indevidamente.

O médico João Terra não foi nenhum herói. E o País nem precisa de heróis. Apenas de homens que assumam suas responsabilidades. Que encarem as situações sem subterfúgios. E nem é necessário que sejam todos, mas a maioria faria grande diferença. E o mundo seria melhor. Muito mais saudável.

VETOS “APROVADOS”

Na sessão de terça-feira, 1º, os vereadores acolheram cinco vetos do Executivo a projetos de vereadores. Foram vetadas leis aprovadas a partir de projetos dos vereadores André Luiz da Silva (PCdoB), Evaldo Mendonça, o Giló (PR), Paulo Modas (Pros) Maurício Gasparini (PSDB) e Ricardo Silva (PDT).

DISCUSSÃO

A classificação de inconstitucionalidade de projetos sempre foi um assunto polêmico na Casa de Leis de Ribeirão, mas vai ganhar mais barulho a partir de agora. Com a discussão de terça-feira, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Cícero Gomes da Silva (PMDB), disse que projeto com risco de ser inconstitucional não terá parecer favorável. Nem mesmo os considerados “em zona cinzenta”, que podem ser ou não inconstitucionais.

MÉRITO FRANCÊS

Os vereadores também aprovaram, na sessão de terça, um requerimento concedendo Diploma de Mérito Esportivo aos integrantes da Delegação Francesa de Futebol, que está hospedada em Ribeirão Preto, para os jogos da Copa do Mundo. O Requerimento, lido pelo vereador Cícero Gomes da Silva, foi assinado por quase todos os vereadores.

ELE DISSE

“Dada a relevância do assunto, não é justificável não vir. Volto a dizer que lamento muito as ausências”

Jorge Parada (PT), vereador e presidente da CEE da Saúde, sobre a ausência de gerentes de UBDSs convidados a depor.

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