Hora de balanço

Hora de balanço

E chega o penúltimo dia do ano. Momento de pensar nos atos e fatos do período prestes a se acabar. Apesar de muitos solavancos, 2013 foi um ano de avanços.

Na área política, por exemplo, muito se conquistou com os movimentos populares nas ruas. Ocorreram excessos, claro. Mas tudo deve ser creditado à “fome” por manifestações como as que ocorreram e aos aproveitadores de plantão.

Mas não se pode dizer que tudo foi em vão. Ocorreram conquistas práticas como pequenas reduções nos valores das tarifas do transporte coletivo. Mas há muitas conquistas implícitas que virão à tona logo em 2014, ano de eleições.

Em Ribeirão Preto, o que não se imaginava aconteceu, como a redução do valor da tarifa e uma investigação exaustiva do contrato de concessão que pode resultar em melhoria do serviço prestado.

Claro que Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Coletivo alguns vereadores resolveram contrariar a opinião pública, mas é fato isolado que pertence à democracia.

E é por esta mesma democracia que estes senhores também são passageiros em seus mandatos. Em algum momento eles podem perder a primazia de defender mais o poder que seus eleitores.

Em 2012 vereadores tiveram que retroceder no número de cadeiras na Câmara Municipal e reduzir o percentual de reajuste de seus próprios subsídios. Por conta de manifestações organizadas.

Neste final de 2013 que outros dois recuos do Executivo mostraram que a população (mesmo que apenas uma parte dela) pode influenciar nas decisões. Uma taxa extra que sairia do bolso dos contribuintes acabou não sendo criada e uma lei considerada inconstitucional não avançou.

Mesmo com estes recuos, outros projetos de importância questionada por alguns acabaram aprovados. Talvez o principal deles seja o que permite o recebimento de recursos financiados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Há os contrários que criticam o excesso de endividamento do município. Não se pode deixar de considerar, no entanto, que sem estes recursos o desenvolvimento fica prejudicado.

Há muito mais que se considerar de avanços neste período que agora se finda. No lado institucional, recupera-se parte da credibilidade na Justiça ao condenar e prender criminosos do colarinho branco.

Há também retrocessos que merecem reflexão, como o baixo crescimento do País, aumento de juros e uma economia um tanto estável. Nada que seja insanável, digamos.

Por isso, é possível fazer um balanço positivo em muitos setores. Negativos em outros. Há ganhos e perdas. Como ocorre em todos os anos.

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