Manifestação com simbolismos

Manifestação com simbolismos

Não é apenas uma defesa de cassação de mandato

A manifestação que acontece neste domingo, 15, em Brasília, é muito mais que uma “briga” pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O ato, na data, é cheio de simbolismos, já que é o aniversário da Proclamação da República, quando se “expulsou” o império da vida do País.

Agora, não se trata de uma ruptura tão forte, que modifique o sistema de governo. Nem há motivos para isso. Mas é uma tentativa de se mudar o governante, em função de denúncias várias.

Há uma tentativa dos descontentes de afastar a presidente que pertence a um partido com denunciados e condenados por corrupção. Se estão corretos ou não a discussão não é aqui e agora, neste espaço.

Aqui cabe lembrar que pouco mais de uma década antes do início do século XX, republicanos buscaram e conseguiram a queda da monarquia. E a data se transformou em um símbolo de liberdade, ou de libertação.

Transformou-se também em um ícone da democracia. Era a data reservada às eleições no País. Por vários pleitos as votação foram realizadas no dia 15 de novembro, independentemente do dia da semana.

Mas as eleições se mudaram para outubro e a data da proclamação da República perdeu em importância. Transformou-se quase que em um feriado comum.

O protesto, neste caso, serve para lembrar que somos uma república. E que vivemos em uma democracia que precisa de muitos aperfeiçoamentos. Na forma de escolha dos representantes, inclusive.

Assim, que os protestos ocorram. De forma ordeira. Mas barulhenta e capaz de lembrar que quem financia a cara democracia é o povo. E é este povo que a defende de maus políticos. E que estes possam aprender a respeitar.

Todos os recados, neste caso, estão dados.

CONTAS DO PMDB REJEITADAS
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) desaprovou, por unanimidade, as contas do diretório estadual do PMDB, referentes ao exercício de 2011. Ao desaprovar as contas, a Corte condenou a agremiação à suspensão da cota do Fundo Partidário por dois meses. Segundo o relator do processo, juiz Silmar Fernandes, a pena de suspensão da cota se deve a irregularidades no montante de R$ 42.990,60, o que representa 2,03% das receitas totais.

DEVOLUÇÃO
Além da suspensão dos recursos, a Corte determinou a devolução de R$ 27 mil ao Tesouro Nacional, em vista do recebimento de recursos de origem não identificada, e R$ 17.038,32 ao erário, relativos à aplicação irregular do Fundo Partidário. A Lei 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos) prevê, entre outras sanções, a de suspensão do repasse de novas cotas do fundo partidário por desaprovação total ou parcial da prestação de contas de partido pelo período de um mês a doze meses.

RECURSO AO PRÓPRIO TRE
O presidente da executiva estadual do partido, deputado federal Baleia Rossi, disse que a leganda vai recorrer ao próprio TRE, já que o Tribunal acusou a falta de duas justificativas do partido, que já foram apresentadas. Em caso de desprovimento (rejeição) do recurso, ainda é possível recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

SKAF NA REGIÃO
O presidente da Fiesp, do Ciesp e do Sebrae-SP Paulo Skaf debaterá, nesta segunda-feira, dia 16, com empresários de Araraquara, São Carlos, Matão e São João da Boa Vista, o momento atual do Brasil, o baixo desempenho da indústria brasileira e a elevada carga tributária do País. Skaf tem feito críticas à crise econômica e à crise política, que se agravam e paralisam o Brasil. Lamentavelmente, o governo apresenta medidas inconsistentes e desconexas. A única ação visível é mais uma tentativa de subir os impostos, tanto por parte do Governo Federal como de alguns Estados, entre eles, São Paulo”, afirma Skaf.

VISITA E ENCONTRO
A agenda do presidente da Fiesp prevê uma visita ao escritório regional do Sebrae de Araraquara (avenida Maria Antônia Camargo de Oliveira, 2903 - Vila Ferroviária), às 10h. À tarde, a partir das 13h, será realizado um encontro com empresários no auditório da empresa Fort Lar (avenida Major Antonio Mariano Borba, 789, Jardim Portugal). Após os compromissos o dirigente empresarial concede entrevista à imprensa.

ELA DISSE
“E foi por causa da corrupção que estava envolvendo o partido. Não tão evidente como está agora. Quando eu saí não estava nessa posição e nem se sabia tanta coisa como se sabe agora”
Marta Suplicy (PMDB-SP), senadora, ao explicar porque deixou o PT, partido que ajudou a fundar e pelo qual disputou, e venceu, várias eleições

Fotos: Jorge Rosa (manifestação) e divulgação

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