Nem tudo que reluz...

Nem tudo que reluz...

Mais do que em outras áreas, na política a maioria das aparências pode enganar

“Nem tudo que reluz é ouro”. É um bom adágio popular para reafirmar que as aparências enganam. E grande parte do que se tem na vida parece uma coisa e é outra. Para a política, o ditado pode tranquilamente ser modificado para quase nada que reluz é o metal mais precioso.

Em disputas políticas, ou mesmo no transcorrer de mandatos e cargos, muita coisa reluzente está mesmo para bronze ou até ferro fundido. Há muito de aparência e pouca relação com a realidade. É algo que, em menor escala (muito menor), ocorre também no marketing privado.

Talvez nem seja por maldade. Mas para conseguir suplantar adversários, políticos superestimam os defeitos de outros, assim como lhes subestimam as qualidades. Até conseguem elogiar uma ou outra medida para, em seguida, criticar outras dez.

Da mesma forma, costumam superestimar as próprias qualidades. Dos defeitos, na maioria das vezes, nem consegue falar. Estar sempre certo é quase uma constante nas falas dos políticos.

Por isso é preciso ter atenção maior na hora de escolher um candidato. É preciso esmiuçar a vida pregressa do pretendente ao cargo ou mandato. Não basta olhar superficialmente, porque enquanto tudo parece reluzente há fatos obscuros por trás de aparências corretíssimas.

A escolha deve ser mais criteriosa porque o prazo de validade é maior. Se uma empresa contrata um profissional e ele não corresponde às expectativas é demitido quando o empregador bem entender.

Já no caso de políticos, há o período já definido de mandato, nos caso atual do Brasil, de quatro anos. E nem sempre a demissão é fácil. Da mesma forma como a troca pode não ser a mais eficiente.

Assim, o ideal é que seu candidato não seja escolhido apenas no momento da campanha eleitoral. Comece a olhar com antecedência. A prestar atenção nos atos e fatos. E isso é possível, porque a próxima eleição só acontece daqui a um ano.

Além do olhar mais apurado, dê os devidos descontos quando parecer que há pretensão demasiada em ações e discursos. Desconfiar é o melhor remédio para escolher bem.

MORTE DA BANDA
Os vereadores de Ribeirão Preto devem aprovar na sessão desta terça-feira, 22, um projeto de lei da Prefeitura para revogar legislação de 1994 que criou a banda marcial Duque de Caxias. O projeto apresentado há 21 anos foi iniciativa do ex-vereador Delcides Canelli. Pela lei então aprovada, caberia à Administração Municipal fornecer uniformes e instrumentos à banda, que tinha sua sede no Tiro de Guerra.

JÁ DESATIVADA
A justificativa da Prefeitura para propor a revogação da lei é a de que a banda está desativada desde março deste ano. Ainda assim o assunto deve render barulhento debate na sessão, já que com a revogação a banda perde qualquer chance de voltar a receber benefícios para atuar.

NOME LIMPO
A Secretaria Municipal da Fazenda tem trabalhado para iniciar em outubro a campanha Limpe seu nome, com o objetivo de atrair contribuintes para o parcelamento de débitos. A ação já foi realizada no ano passado. A principal vantagem, segundo o secretário da Fazenda, Sérgio Nalini, é que o contribuinte receberá a carta de anuência e sairá do cadastro de protestos a partir do pagamento da primeira parcela, sem a necessidade de quitar todo o débito.

ARRECADAÇÃO
A campanha é uma forma de ampliar a arrecadação sem dar descontos como já ocorreu em anos anteriores, com os refinanciamentos de dívidas que permitiam a redução de multas e juros, em desvantagem para os contribuintes que pagavam seus impostos em dia.

ELE DISSE
“Não entendo porque só Ribeirão Preto não pode sediar os Jogos Abertos do Interior”
Layr Luchesi Júnior, secretário da Casa Civil, ao anunciar que a cidade não irá sediar os Jogos Abertos porque a Justiça proibiu a utilização de escolas para alojar os cerca de 16 mil atletas que participariam das competições.

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