No voto, não há “Ctrl Z”

No voto, não há “Ctrl Z”

É bastante provável que a esmagadora saiba o que é “Ctrl Z” em informática, mas vai uma explicação, por via das dúvidas. As duas teclas pressionadas juntas desfazem uma ação anterior em grande parte dos programas, notadamente os de edição.


Em tempos outros, em alguns programas hoje já superados havia o comando “Undo”, que significava undelete, ou a reversão de um texto, uma frase ou uma palavra apagada por engano. Uma forma de não ser necessário escrever de novo.

Feitas as devidas explicações sobre o termo (ou as teclas) vamos a uma também provável cantilena, que você pode já ter lido mais de uma vez, sobre a necessidade de se votar conscientemente, e ter considerado um desperdício de tempo. Mas não é tanto assim. Votar é um ato de responsabilidade.

A Justiça Eleitoral até tem feito uma campanha para mostrar que o eleitor é responsável pelo voto dele. E é verdade. O eleitor escolhe quem o representa. Logo há alguma afinidade. Por isso, quem vota consciente mantém a postura de ter votado e defende seus pontos de vista.

Quem está convencido que escolheu o melhor não esconde em quem votou na primeira besteira que seu escolhido fez. Ao contrário, encontra justificativas para defende-lo da maledicência alheia. Só o abandona quando percebe que o eleito está errando muito e que ele (eleitor) está arrependido.

Então, antes de apertar as teclas da máquina que recebe o voto, o eleitor precisa ter a consciência de que ele está escolhendo o melhor. Que terá coragem de dizer pra quem quer que seja que o seu escolhido é o melhor. Com determinação.

Isso porque no voto não dá para apertar as teclas Ctrl e Z depois que a tecla verde da urna eletrônica for pressionada. É uma ação que dura, no mínimo quatro anos. Mínimo, porque quem foi eleito tem grandes chances de se reeleger.

Então aproveite este finalzinho de campanha para se perguntar se o seu escolhido merece ser defendido de qualquer ataque. Se tiver essa certeza, vote.

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