Nomes ao vento

Nomes ao vento

Uma lista que quase nada comprova coloca quase todos (os políticos) sob suspeita

A tal lista da Odebrecht provocou estragos aqui e ali. Levou oportunistas a discursos ferrenhos. Destes que não aguentariam uma mini lista de outras construtoras ou empresas ambientais que cuidam do lixo das cidades, fazendo a coleta e dando ao dejetos a destinação possível.

Houve uma irresponsabilidade de quem vazou a lista, após a apreensão pela Polícia Federal. E a imprensa, como ocorreu no caso dos grampos, divulgou com a devida pressa e agilidade. A divulgação pode até ser contestada, em função de a lista não trazer qualquer comprovação, mas apenas nomes e valores.

E nenhum veículo de comunicação se prestou a analisar com mais vagar a tal da lista com seus nomes (já colocada sob inútil sigilo) por dois motivos básicos. Sabia o veículo de comunicação A que o seu concorrente, o veículo de comunicação B, publicaria tão logo tivesse acesso.

O segundo motivo é mais sério. A imprensa desconfia, por motivos óbvios e já bastante divulgados, de políticos de qualquer nível de poder, filiado a qualquer partido. Os políticos caíram no descrédito total.

A ponto de um dos argumentos contra o impeachment ser justamente de o sucessor ser pior que a sucedida. De falta de alternativa ao que está aí em uma crise sem precedentes.

E muitos políticos têm até o direito de reclamar da divulgação de seus nomes. Muitos sequer tiveram contato com a tal construtora ou suas coligadas. Nem tiveram qualquer proximidade com diretores e funcionários da empresa.

Alguns tiveram seus nomes apenas relacionados junto de outros, sem qualquer valor que o ligasse a qualquer doação. É também questionável o fato de um diretor da empresa manter tal lista em casa.

A divulgação, no entanto, serve de alerta máximo aos políticos. É um sinal amarelo de credibilidade quase zero junto aos eleitores. E, pior, pelo que vem ocorrendo na pré-campanha, os políticos ensaiam os mesmos passos de eleições anteriores.

Pode ser que as gravações de conversas, listas e acusações de várias frentes podem levar a resultados muito diferentes de práticas que deram resultado no passado. Talvez seja a hora de os políticos mudarem radicalmente de comportamento. Sob pena de serem mudados de lado. Involuntariamente.

DINHEIRO EMPRESARIAL
A Prefeitura abriu licitação para venda de 53 áreas da terceira etapa do Distrito Empresarial. Sem nenhum lançamento oficial, a expectativa é de arrecadar no mínimo R$ 30,933 milhões, soma dos valores mínimos dos terrenos, que podem receber oferta maior em função da concorrência. Dos R$ 30 milhões a Prefeitura terá que pagar R$ de obras de infraestrutura para o local, já contratadas.

MAIS TERRA
Com a venda de outras áreas cuja licitação também está aberta, a Administração Municipal espera arrecadar outros R$ 13,9 milhões. São 11 as áreas ofertadas. Mas a venda não tem sido fácil. Em outras tentativas poucos foram os resultados positivos. Isso porque o mercado imobiliário, como outros setores, sentem os reveses da crise econômica.

TERCEIRIZAÇÃO
A Atmosphera Construções e Empreendimentos Ltda. Venceu a licitação aberta pela Coderp, por meio de pregão presencial, para prestação de serviços de apoio administrativo e manutenção, especialmente da área de informática e manutenção de hardware, sob orientação e metodologia da Coderp. Os serviços vão de pinturas de paredes e manutenção elétrica a sepultamentos no cemitério Bom Pastor. O contrato é de R$ 10,255 milhões, por 12 meses.

Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

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