Ocupação anunciada

Ocupação anunciada

A ocupação ocorrida na noite desta terça-feira, dia 17, no plenário da Câmara Municipal, pode ter surpreendido vereadores com menor poder de análise. Os demais presentes ao local já haviam entendido o recado, o anúncio de uma ação.

“Se aprovar, o bicho vai pegar”, gritavam os manifestantes em relação ao projeto que permite a prorrogação de contratos de professores temporários. Pior, eram quase 300 pessoas furiosas, cansadas de protestar e não mudar o voto de parte dos vereadores

Foram muitos os que não acreditaram nas promessas dos manifestantes. Certamente porque ficam de costas para as galerias. Ou porque não conseguiram mesmo avaliar o risco que corriam ao votar sim a um projeto que os protestantes dentro do prédio não queriam ver aprovado.

Deu no que deu. Não foi uma medida judicialmente legal. Alguns vereadores que apoiaram o ato disseram que foram quebradas regras, normas, não por intolerância, mas em função do descaso de parte dos vereadores com a manifestação.

“Estamos cansados de gritar do lado de lá e os vereadores votarem ao contrário do lado de cá. E eles iriam aprovar esse projeto inconstitucional”, manifestou o professor de história Jonas Paschoalick.

Não se pode omitir que foi um duro recado. Um grito que pode ser capaz de limpar muitos ouvidos. E que não deve mais acontecer porque a segurança deve ser reforçada nas próximas sessões.

Mas é possível comparar a uma aula extra aos vereadores com menor capacidade intelectual. Um empurrão para o entendimento. Não que devam se curvar aos manifestantes. Precisam apenas pensar melhor antes do enfrentamento desnecessário.

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