Os políticos, a reeleição e as redes sociais

Os políticos, a reeleição e as redes sociais

A disputa de 2016 será na base de vídeos, fotos, postagens e denúncias virtuais várias

Aparentemente muitos políticos de ribeirão preto ainda não se deram conta da força que as redes sociais podem representar nas eleições de 2016. Alguns cometem até bravatas.

Na quinta-feira, 10, por exemplo, o vereador Samuel Zanferdini (PMDB) disse, com voz de espanto, que tem gente que acredita em redes sociais, em Facebook.

Em seguida fez defesas pouco aceitáveis por contribuintes, que são também eleitores. E disse que político não pode ter medo, tem que decidir. Está certo. Mas há decisões que podem provocar muitos estragos.

É bastante provável que muitos são os que estão separando os discursos de vereadores nas sessões da Câmara Municipal. Já que é tudo ao vivo, é fácil gravar e arquivar. Sempre haverá um momento certo para um vídeo “bombar” durante a campanha.

Não se defende aqui que vereadores fiquem a fazer demagogia barata como alguns insistem em cometer. Mas muitos podem mudar um pouco a direção dos ventos que os conduzem. Já teve vereador que perdeu a eleição do ano seguinte por um voto mal dado numa votação de dezembro.

E, diferente do que muitos pensam, as pessoas acreditam sim, nas redes sociais. E são ferramentas tangíveis, que estão ao alcance de um número cada vez maior de pessoas.

Assim, quem busca a reeleição não pode ter a visão simplista de que a internet não existe e que as redes sociais são mundos de ninguém onde navegam fantasmas.

Nestas redes estão cidadãos descontentes com as administrações de suas cidades, contribuintes irritados com a péssima aplicação dos recursos por eles pagos em altos impostos.

Por isso é preciso que vereadores prestem mais atenção em seus discursos e, principalmente, em suas ações. Há grande risco de um deslize qualquer viralizar com força na internet no momento menos oportuno.

É só um aviso aos desavisados. As redes sociais existem, vão ser determinantes nas eleições e podem mudar os rumos de muitas campanhas que poderiam ser vitoriosas.

QUEM FAZ?
Na inauguração dos terminais satélites do terminal Dra. Evangelina de Carvalho Passig, na avenida Jerônimo Gonçalves, o superintendente da Transerp, William Latuf, disse que agora focará a construção dos 56 quilômetros de corredores estruturais das obras da mobilidade urbana. Um repórter então perguntou à prefeita Dárcy vera (PSD) como está a licitação das obras. Ela mandou o repórter questionar Latuf. Cioso de suas funções lá foi o repórter. Latuf respondeu que não é ele quem faz licitação. E você aí, que nem utiliza o transporte coletivo, pensando que sua vida está difícil.

MICROEMPRESA GRANDE?
Está lá no Diário Oficial do Município de quinta-feira, 10. Um processo de compras firmado em 2014 e prorrogado agora por mais um ano, para manutenção preventiva e corretiva de veículos de diversas marcas. O valor contratado é de R$ 556.820,00 por 12 meses. Em seu site, o Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), informa que o faturamento anual das microempresas não deve ultrapassar R$ 360 mil. Estranho que apenas com um contrato da Prefeitura uma ME possa ultrapassar o limite em quase R$ 200 mil.

DISTÂNCIA CORRIGIDA
A Cohab de Ribeirão Preto corrigiu e ampliou a abrangência de um edital de licitação para a compra de 1,8 mil litros de etanol e 800 litros de gasolina para o consumo mensal da frota da companhia. Na publicação original, o edital previa que o fornecedor deveria estar em um raio de dois quilômetros da sede da companhia. A exigência pode até levar à economia de combustível, mas não deixa de ser um direcionamento da disputa. Agora podem participar todas as empresas de abastecimento legalmente constituídas e situadas  no perímetro urbano do município de Ribeirão Preto.

ELA DISSE
“Eu desafio a todos os prefeitos que se sentaram naquela cadeira a provarem que fizeram mais do que eu”
Dárcy Vera (PSD), prefeita de Ribeirão Preto, em discurso na inauguração de terminais do transporte público urbano. Não custa lembrar que a prefeita é a primeira chefe de Executivo a ter dois mandatos consecutivos.

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