Perca seu voto, se quiser

Perca seu voto, se quiser

Você tem preferência por determinada palha de aço, mas ela não a primeira marca do mercado. Você ignora o fato e segue comprando a sua preferida, mesmo que a concorrente insista em se manter em primeiro da lista.


Daí você não gosta da música que está bombando no mundo. Todos seus amigos ouvem e, pior, cantam ao seu lado. Nem assim você se convence a consumir a tal música, ou estilo musical.

E o café então? Você toma um café famoso só porque ele é líder em vendas? Claro que consome. Apenas se gostar do produto, claro. Nem carro líder da categoria você compra se encontrar algum detalhe que não gosta.

Então, por que votar em um candidato que lidera as pesquisas apenas para não “perder o voto”? ao tentar não perder, votando em quem lidera pesquisas, você já perdeu não apenas o voto, mas o sue direito a defender uma opinião, uma atitude.

E continua a perder quando aquele candidato nem de longe corresponde à sua expectativa. Se você divulgou sua preferência e fez uma leve defesa do “seu” candidato – mesmo que para amigos e familiares – terá ainda motivos para se envergonhar.

Bater no peito e dizer “não votei, não tenho culpa” não é nenhuma saída original nem politicamente correta. Mas você pode se sentir um inocente no caso de a atuação de quem você não escolheu não dar certo.

Então, essa atitude de “salvar” o voto votando no primeiro colocado nas pesquisas é algo que não encontra muito senso. Até porque os institutos de pesquisa erram. Inúmeros exemplos já foram vistos.

E é comum eles errarem, em função da pequena amostragem, principalmente em eleições estaduais ou nacionais. Só não erram mais em função de eleitores que tendem a não “perder” o voto.

Pense nisso. Ao votar no primeiro colocado, contra sua vontade, você está validando um levantamento que pode estar incorreto ou com alguma fraude.

Ah, mas se você se identifica com o primeiro colocado, tem motivo em dobro para votar nele. E é assim que segue a democracia.

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