Primeira viagem

Primeira viagem

Pouco à vontade, o empresário Maurílio Biagi Filho fez sua estreia na vida partidária. Acostumado a lidar com negócios, ele não viu a participação direta na vida política, com disputas e que tais, como necessária. Considera, no entanto, que chegou a hora de mudar alguns conceitos. Ou foi convencido a achar que este é um bom caminho. Até porque um dos interlocutores foi o ex-presidente Lula.

Ele não desconhece totalmente os meandros do poder. Em função de sua atividade empresarial sempre teve proximidade com governantes e legisladores. E com altos governantes. Não são poucos os políticos que gostariam de um pequeno espaço de tempo com governadores e presidentes da República, como ele tem oportunidade.

Agora, depois de evitar, recusar convites, resolveu atravessar o balcão. Olhar do outro lado. E começa como um principiante de peso em uma negociação política que pode render mais flores que o previsto. Mas também vai furar as mãos em espinhos, porque a vida partidária não é das mais fáceis para quem busca uma eleição.

Vai também, certamente, ouvir críticas em função da escolha da sigla, o PR. E, com o traquejo que tem, saberá suportar e se desvencilhar de situações difíceis. Por fim chegará à conclusão –se é que ainda não chegou– que o barco político não precisa ser novo nem estar brilhando. Precisa apenas de bons ventos.

Pelo menos enquanto a salada partidária se mantiver no estágio em que se encontra, com a grande maioria das legendas com olhos voltados apenas à próxima coligação.

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