Qual fidelidade companheiro?

Qual fidelidade companheiro?

 A maioria dos partidos que defende a fidelidade já dorme com o inimigo

Os partidos políticos ficam cheios de razões quando o assunto é fidelidade partidária. Que um filiado eleito tem de se manter na sigla até o final do mandato. Que o mandato é do partido e não do eleito. Ora, ora.

É claro que o candidato precisa de um partido pra se eleger. Também é indefensável que um político fique sempre a mudar de partido de acordo com a conveniência eleitoral do momento. Mas filiação não é algema. Há que se ter mais flexibilidade. Principalmente em se tratando de partidos políticos.

Vamos a alguns fatos. Há políticos infinitamente maiores que muitos partidos. Que se elegeriam por qualquer sigla, sem depender desta ou daquela legenda. E são justamente estes que os partidos querem como filiados, e para mantê-los fazem todo tipo de esforço.

Há outro fator preocupante. Os partidos brasileiros são frágeis, com raras exceções. A maioria não tem um programa partidário bem definido e claro. Se os políticos filiados não estão preocupados com isso, por que o eleitor estaria? Por que votaria apenas no partido, por exemplo?

A fidelidade pode ser uma arma de fortalecimento das siglas, mas não pode ser a única. É preciso demonstrar que merece respeito. Um partido que filia a qualquer custo e busca manter filiados se utilizando de métodos pouco transparentes não deveria ter o direito de exigir fidelidade de seus filiados.

A mesma norma se aplica a partidos que vendem a outros seu tempo de televisão e rádio. Aí nesta lista é possível então incluir os partidos que compram as siglas menores e fazem delas o que bem entendem. Fidelidade partidária para estes?

E muitos dos partidos que exigem fidelidade de filiados estão há muito dormindo com inimigos. Tudo em nome de uma vitória municipal, estadual ou federal. Ou apenas uma nomeação aqui ou ali.

Ou alguém considera normal uma aliança entre petistas e malufistas? Também seria normal que um ministro do PSD, sucessor do DEM e, antes, do PFL, seja um dos principais do governo da petista Dilma Rousseff?

E nessa confusão de siglas, de interesses inconfessáveis é possível falar de fidelidade partidária? Acho que primeiro é o preciso fazer jus a tal exigência.

PLANO DIRETOR
A Faculdade de Direito da USP de Ribeirão Preto, juntamente com a Associação de Moradores do Jardim Recreio, promove na noite desta segunda-feira, dia 28, uma audiência pública para discussão da revisão do Plano Diretor, que está na Câmara Municipal há quase um ano sem entrar na pauta de votações. O encontro acontece no Anfiteatro da Faculdade de Direito, a partir das 19h. Os organizadores afirmam ter a presença confirmada de vereadores, gestores, líderes, comunitários, juristas, economistas e empresários. Mais informações pelo e-mail [email protected].

OUTRAS AUDIÊNCIAS
A Câmara Municipal também fará audiências. Convocadas pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação, as reuniões na Câmara acontecem nos dias 5 e 7 de outubro, na próxima semana, sempre às 18h30. As audiências no Legislativo podem ajudar os vereadores a superarem as divergências para a votação do projeto.

METAS FISCAIS
Ainda falando de audiências públicas, a próxima reunião para apresentação das metas fiscais da Prefeitura acontece nesta terça-feira, dia 29, a partir das 9h da manhã na Câmara Municipal. O secretário da Fazenda, Francisco Nalini, acompanhado de técnicos devem apresentar números pouco confortáveis das finanças. Afinal, a crise econômica que aí está não é segredo para ninguém.

CEE DA SANTA TEREZA
O superintendente regional da Companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Marco Artuzo, participa nesta terça-feira, dia 29, da Comissão Especial de Estudos (CEE) que acompanha a recuperação da Estação Ecológica de Ribeirão Preto, conhecida como mata de Santa Tereza, atingida por dois incêndios no ano passado. Até agora não se tem o plano de trabalho da recuperação. A Cetesb é um dos entes governamentais que participa das discussões.

ELE DISSE
“Houve, sim, prejuízo para a cidade. Estes pontos a qualquer tempo poderiam ser revisados”
Marco Antônio dos Santos (PSD), ex-secretário da Administração e superintendente da Coderp e do Daerp, ao indicar que a oposição não precisaria ter questionado, no TCE, as licitações das obras do PAC.

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