Qual mobilidade?

Qual mobilidade?

Muitas cidades de porte médio, incluindo aí Ribeirão Preto, acordaram para a mobilidade urbana. Discussões são incentivadas, debates realizados e projetos apresentados. Há, às vezes, até excessos de discussões e ameaças de providências.

Tudo isso ocorre por uma falta de planejamento do passado. Administrações tocaram suas vidas sem se preocupar com sistema viário, transporte coletivo diante de um inchaço quase programado. O tempo foi passando e a mobilidade ficando cada vez mais prejudicada.

Ora, o poder público tem o dever de autorizar empreendimentos imobiliários de todos os tipos. Quando autoriza a construção de um condomínio, vertical ou horizontal, deve prever que haverá para lá migração de pessoas com seus veículos. O que exige melhoria no sistema viário.

São muitos os casos em que escolas, por exemplo, com demanda aquecida de pessoas, foram autorizadas em determinado local sem que se planejasse como pais, alunos e professores fossem chegar confortavelmente ao local.

O resultado é um gasto assustador no futuro. Assim como ocorre agora com Ribeirão Preto. Planeja-se uma mobilidade urbana que deveria ter sido implantada gradualmente, de acordo com as necessidades. Agora o investimento será pesado. Tudo vai pra conta do contribuinte.

Pior. Pode não ser uma solução definitiva, mas remendos que solucionarão questões pontuais. Com duração de alguns anos.

A não ser que a lição tenha sido aprendida. Na hora de aprovar, o planejamento de infraestrutura esteja grudado no projeto. Senão as futuras gerações terão também que pagar de uma vez só o que pode ser parcelado.

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