REELEIÇÃO COMPLICADA

REELEIÇÃO COMPLICADA

Os vereadores de Ribeirão Preto, por suas ações e omissões, sabem que não terão um ano eleitoral fácil. Subir novamente a rampa da Câmara não será missão simples. A prova está nas redes sociais. São muitos os parlamentares que tentam mostrar na internet uma imagem que nem de longe corresponde à que mantiveram nos últimos anos: a de distância dos internautas. Eles começam a perceber que passaram anos apresentando projetos que em nada modificam a vida da cidade ou das pessoas. Que perderam um tempo precioso com homenagens que rendem meia dúzia de votos. Agora, tentam recuperar o tempo perdido. Projetos inúteis são apresentados como verdadeiros feitos políticos. Eles sabem que na mesma rede em que anunciam seus trabalhos há frequentadores dispostos a debater e a desqualificar projetos que não se revestem da necessária importância, seja por bronca ou para favorecer a outro político. Imagine que há até vereador que pensa ter sido o responsável pela descoberta do cartel de combustíveis em Ribeirão Preto ou pela pequena redução no preço dos produtos, e divulga isso sem a menor parcimônia. É uma pretensão gigantesca. Há ainda os que vivem a marcar pessoas nas redes sociais para explorar o círculo de amizades. Tudo no desespero, mas ainda há tempo de melhorarem suas imagens. É só mudar a forma de atuação, ao menos no ano eleitoral, e mostrar que estão a favor de seus representados, de quem os elegeu. Caso contrário, a tentativa de reeleição será um fiasco.

BARCO À DERIVA
O PMDB está na porta de saída do governo municipal. O partido deve abandonar o barco nos próximos meses, segundo o presidente do diretório local da legenda, Paulo Saquy. “Por mim, já teria saído há mais de um ano, mas sou homem de partido e fui voto vencido”, afirma Saquy. Ele afirma que o único local da administração onde o partido tem voz é na Cohab, onde o superintendente é o filiado e ex-vereador Silvio Martins. O resto é segundo e terceiro escalões. Saquy diz não se tratar apenas de ano eleitoral, mas de o partido ter sido relegado a segundo plano em momentos de decisões.

MOSQUITO SEM SAMBA
O secretário municipal da Cultura, Alessandro Maraca, em entrevista coletiva, disse ter ficado feliz por colaborar com o combate ao mosquito Aedes aegypti e, logo, com a possível redução de casos de dengue, apesar de ter perdido verba de sua pasta, que iria para o Carnaval. Em tempo, a verba é de R$ 300 mil, diante de uma necessidade de recursos extras de até R$ 20 milhões. A transferência tem valor simbólico e efeito psicológico na cabeça das pessoas, que podem colaborar com a diminuição de criadouros.

GABINETE PRIVADO
Em dezembro, quando sair da Prefeitura de Ribeirão Preto, a prefeita Dárcy Vera (PSD), se quiser, levará embora praticamente todo o gabinete, já que foi colocando no local móveis e objetos particulares. São obras de arte, livros, presentes recebidos de amigos e aliados e até a cadeira branca de couro que ela ganhou. A informação é de assessores próximos. O próximo prefeito – ou prefeita – que monte nova estrutura para o trabalho diário no palácio.

Compartilhar: