Risco de esvaziamento

Risco de esvaziamento

A política partidária nacional vem correndo sérios riscos de esvaziamento. Na verdade esse fenômeno já ocorre e é muito ruim para o País. Muitas pessoas associam a política partidária, eleições e eleitos apenas coisas ruins, degradantes.

Se assim pensam, claro, evitarão participar do meio. Passarão a apenas criticar e colocar todos os envolvidos em um mesmo patamar. De preferência o mais baixo possível. Assim, o risco de o País ter apenas políticos ruins e mal intencionados é muito grande.

E o cidadão comum só pensa assim porque é levado a desenvolver esse tipo de raciocínio. É sempre influenciado negativamente por atos e medidas de políticos com os quais não concorda. E quando a notícia é maléfica, a tendência é sempre que seja maximizada.

Muitos, por exemplo, ficaram horrorizados com oito vereadores que votaram a favor de reajuste nos próprios salários (sem qualquer defesa ou crítica pública) e depois afirmaram, publicamente que renunciarão ao valor da correção. Poderiam ao menos ter votado contra antes de abdicar do valor.

Carente de informações, não por culpa própria, o cidadão toma o caminho mais rápido, representado pela crítica fácil ou até pelo xingamento de forma generalizada. Não está correto.

No caso em “discussão” os vereadores cometeram um deslize que deve ser considerado quando o eleitor, lá na frente, for escolher um candidato para o representar.

Mas não deve achar que todo político é ruim e que todos buscam apenas os votos dos eleitores, sempre com promessas que não cumprirão ou compromissos que serão esquecidos.

Há muitos que atuam em favor de seus eleitores. Os representam de verdade. Mas são prejudicados por ações de outros que agem de forma diferente, sem qualquer respeito aos votos recebidos.

Esses sim, precisam ser identificados e banidos da vida pública. É preciso depurar para que pessoas bem intencionadas passem a ter vontade de participar da política.

Agora, há muita gente que precisa melhorar. Sair do discurso e praticar bons exemplos públicos. Sob risco de acabar de vez com o resto de credibilidade que alguns políticos ainda têm. O que é péssimo para o Brasil e para a nossa jovem democracia.

Compartilhar: