Se não quiser ver, rejeite o BBB

Se não quiser ver, rejeite o BBB

Começou. Bem antes do início do Big Brother Brasil, brotam nas redes sociais postagens contra o programa da toda poderosa Rede Globo. É compreensível. Há muita gente contrária a este tipo de programa, chulo e que muito pouco (muito pouco mesmo) acrescenta à vida dos cidadãos.

Há até texto creditado ao excelente escritor e músico (sim, ele é) Luís Fernando Veríssimo. Faz sentido. Mas lembra bem que nosso povo ainda precisa deste tipo de protesto. Uma tutela que já poderia estar extinta se os governos investissem mais em educação.

Um povo mais educado, certamente torceria o nariz para este tipo de programação. Buscaria programas educativos e culturais, filmes ou até programas de auditório. Mas com a falta de educação em um amplo sentido, leva pessoas a verem folhetins de péssima qualidade e programas como o BBB.

Melhor seria que essa tutela, feita via redes sociais, já pudesse ser abandonada. Atingindo esse ponto, o BBB teria traço de audiência. E ninguém (menos ainda a Rede Globo) insiste em programa sem audiência. Mas sabe-se –com protestos ou sem eles– que o programa bomba em audiência.

Mais do que audiência passiva, o BBB tem telespectadores ativos, que pagam para votar neste ou naquele personagem no momento de sair da casa. Ora, então é uma receita perfeita. Audiência para conseguir patrocinadores e recursos vindos das tarifas de ligações.

Mas ainda assim a campanha contrária é válida. Se a tutela é necessária, que ela seja concedida. Talvez seja necessário, no entanto, que mais informações sejam repassadas junto com os protestos. E que eles não sejam apenas contra o programa em si. E a favor de outros tipos de diversão.

Um bom início seria apresentar aos passivos (e ativos) telespectadores uma caixinha retangular cheia de números e setas também conhecida como controle remoto. Entrou o programa no ar, aperte o botão. É só uma questão de hábito. Então, se quiser rejeitar o programa basta a fácil tarefa de apertar um botão, sem se levantar do sofá.

E os que publicam protestos contra o BBB tem por obrigação fazer o favor de não comentar, depois, as peripécias que lá ocorrem, como já se viu em edições passadas. Só assim o protesto será válido. Pelo exemplo de negativa da audiência. O resto de tudo é retórica. Falatório sem produtividade. Assim como atirar pedras em avião.

 

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