Sem jogos e sem aulas

Sem jogos e sem aulas

Disputa dos Jogos Abertos parece não ter ganho a devida atenção do governo municipal

 A persistir o definido até agora, Ribeirão Preto terá apenas um legado dos Jogos Abertos do Interior: o vexame de assumir e não realizar. Pior, vai ficar sem a disputa e não deverá cumprir a decisão judicial de manter as aulas no período dos jogos. 

Ou melhor, vai tentar reverter a decisão e, logo, o recesso em dias de outubro e novembro. São coisas estranhas, inexplicáveis que às vezes ocorre por estas bandas. A decisão de não sediar mais os jogos foi anunciada na segunda-feira, dia 21.

Está certo que a Justiça decidiu que as escolas não podem ser utilizadas como alojamento, mas o estranho é que não se pensou em nenhuma saída plausível para realizar os jogos, com 80% dos custos bancados pelo governo estadual. Sairia até pequenas reformas na Cava do Bosque com recursos externos.

É no mínimo esquisito que nenhuma alternativa tenha sido tentada, buscada. Não houve qualquer campanha do tipo “fica” isso, fica aquilo. Nem aquela máxima dos “Jogos Abertos são nossos”, como ocorreu com o Pedro II que nem corria qualquer risco.

É claro que as outras campanhas foram importantes e fundamentais para a cidade. O que é preciso dizer é que para a realização dos jogos não ocorreu o mesmo empenho do governo como um todo.

Passou até a impressão de que a Administração Municipal não tinha tanta vontade de sediar a disputa. Ou até que a decisão judicial foi uma boa justificativa para se jogar a toalha. Para se livrar de uma realização que não era bem aceita por determinada “fração” do governo municipal.

O secretário da Casa Civil e de Esportes Layr Luchesi Júnior, claro, garante não ser nada disso, que não daria tempo para licitar e fazer todos os reparos necessários. E que houve, sim, o empenho devido.

Tomara que ele esteja certo. Porque apesar do raciocínio acima, torço muito para estar enganado. E que a Prefeitura queria, mesmo, realizar os Jogos Abertos.

TUCANOS EM RIBEIRÃO
O PSDB realiza neste sábado, dia 26, um encontro regional em Ribeirão Preto para a discussão de estratégias eleitorais para o próximo ano. Segundo o presidente do diretório local do partido, o senador Aloysio Nunes é presença confirmada. Também estarão presentes o secretário de Estado de Logística e Transporte, o deputado federal Duarte Nogueira (PSDB-SP) e o deputado estadual tucano Welson Gasparini. Além da bancada tucana na Câmara Municipal.

CANDIDATURA
O mote do encontro é apresentar novos filiados ao partido. Mas é também a chance de prováveis candidatos aparecerem na mídia. Duarte Nogueira, que ainda nega, deve ser candidato a prefeito no próximo ano. Welson Gasparini é quem aposta na candidatura. Tanto que recentemente em entrevista ao Portal Revide, declara apoio aberto ao colega de partido.

VELHA DISCUSSÃO
Em entrevista ao programa jornalístico Fala Sério, comandado por Rodrigo Camargo na rádio CMN, o secretário municipal de Obras Públicas de Ribeirão Preto, Abranche Fuad Abdo, voltou a falar em prazos para início das obras da Mobilidade Urbana, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que teve novamente o edital licitação considerado parcialmente irregular pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE). Para ele o início é importante para não se perder os recursos.

PAGAMENTOS
Abranche afirmou que em fevereiro de 2016 precisa começar a despesa, ou seja, a pagar pelas obras. Isso significa que os trabalhos devem ter início cerca de dois meses antes, para que parte do serviço esteja feito, medido e com nota fiscal emitida. O Ministério das Cidades chegou a informar para a imprensa de Ribeirão Preto que não há um prazo estabelecido para início e finalização das obras.

ANO ELEITORAL
O prazo do secretário Abranche tem um olho no calendário eleitoral. Caso nenhum recurso seja liberado até abril do ano que vem, a liberação terá que ficar para depois das eleições. Como será o último ano da atual administração, caso isto ocorra será deixar recursos conquistados para o próximo prefeito. Neste caso a prefeita Dárcy Vera (PSD) ficaria apenas com o ônus de “brigar” pelos recursos, sem realizar nem parte das obras.

ELE DISSE
“No momento em que o Brasil e o mundo vivem a maior crise ambiental da história, a sociedade brasileira reage criando a força política que tem a sustentabilidade como eixo central de suas ações”
Marcos Papa (sem partido), vereador em Ribeirão Preto, ao falar da aprovação da criação do Rede Sustentabilidade, partido ao qual irá se filiar

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