
Sem paz nem amor
Acabou a brincadeira. Pelo menos aparentemente. Os vereadores parecem estar mais preocupados com os votos a serem disputados no ano que vem que com o governo.
A não ser que as decisões das últimas sessões seja apenas uma espécie de sessões de recado à Administração Municipal. Um vereador da base afirmou que a partir de agora as votações serão difíceis, como a indicar que a partir de agora o jogo é para a plateia.
Como em poucas ocasiões, vereadores votaram por unanimidade contra projetos da Prefeitura, derrubaram cinco vetos em uma só noite (eram nove em votação), incluindo o das emendas ao Orçamento deste ano.
Pode parecer simples coincidência para os simples contribuintes/eleitores, mas não é. Os vereadores parecem já ter vislumbrado o horizonte do voto das eleições municipais de 2016 e vão trabalhar duro para conquistar novo mandato.
Caso este trabalho demande uma queda de braço com o governo, assim será. Porque das “provocações” de sessões passadas, chega-se a esta quinta-feira com a votação de quatro Comissões Especiais de Estudo (CEEs), cujos projetos estavam parados na Casa desse novembro do ano passado.
Na pauta está ainda a convocação do superintendente da Guarda Civil Municipal, André Tavares, para explicar atraso em implantação de programa de combate ao crack.
Votar CEEs e convocar membros do governo municipal para prestar esclarecimentos não é nenhuma novidade na Câmara. Afinal, fiscalizar é o principal papel do vereador. Mas causa estranheza é a origem de uma delas.
A CEE é que tem como objetivo analisar o serviço de limpeza pública foi proposta pelo governista Waldyr Villela (PSD), com o devido pedido de urgência de votação.
Ao lado de Villela, que presidirá a CEE, estão os também governista Cícero Gomes da Silva (PMDB), Evaldo Mendonça, o Giló (PR), Genivaldo Gomes e o Bebé (ambos do PSD) e Capela Novas.
As indicações é que o Executivo terá muito trabalho para dialogar com os vereadores a partir de agora e até depois das eleições municipais.
O que se espera dos parlamentares é que disputa que ainda está bem longe não atrapalhe as noções de bom senso para que a disputa não prejudique a população.