Sem voto distrital

Sem voto distrital

As 22 entidades que lançaram nesta segunda-feira, dia 18 de agosto, a campanha “Conheça seu candidato” tiveram cuidado e bom senso ao não se enveredarem na defesa de um voto distrital que não existe. Veja matéria sobre o assunto.


Durante a entrevista coletiva houve até um jornalista que perguntou sobre o assunto, com bastante interesse, dando a entender que o Fórum de Entidades de Ribeirão Preto (Ferp) deva trabalhar pelos candidatos da cidade.

Diplomaticamente, falando em nome do Fórum, o diretor regional do Ciesp, Guilherme Feitosa, se esquivou. Disse que a cidade receber candidatos de fora em busca de votos faz parte da democracia. E, também, que é legítimo o candidato pedir voto onde ele quiser.

Está certo. Candidato que defende o voto em políticos apenas da cidade não deveriam, então, pedir votos em cidades que tenham nomes que disputam as eleições.

Afinal, quem quer ser o dono do voto da cidade não pode pretender obter sufrágios em outras cidades onde há concorrentes. Tudo então nos seus devidos lugares.

Até porque essa defesa de voto municipal onde os candidatos podem buscar votos nos mais de 600 municípios paulistas é tão estapafúrdia como dizer que parlamentar serve para trazer recursos para as cidades que ele representa.

Deputado – seja estadual ou federal – não existe para trazer verbas para obras. O papel destes senhores é fazer leis e fiscalizar o Executivo. Mas se emperram na elaboração de leis o que dizer da fiscalização prejudicada pela liberação de verbas pelo governo?

Se o deputado existe para fazer leis e fiscalizar o Executivo, pouco importa de onde ele seja. O que ele precisa é atuar bem. É desempenhar com desenvoltura o seu papel. Muitas vezes uma fiscalização bem feita economiza tantos recursos quanto muitas emendas liberadas.

E enquanto os deputados estiverem buscando verbas, seduzindo prefeitos com obras em busca de apoio para as próximas eleições, a discussão de um pacto federativo mais justo, com melhor distribuição dos recursos de impostos, vai ficando cada vez mais distante.

RENÚNCIA

Antes mesmo do início da campanha eleitoral no rádio e na televisão, o ex-prefeito de Ribeirão Preto João Gilberto Sampaio (PEN) desistiu de sua candidatura a deputado federal. A informação de sua renúncia à candidatura está no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Procurado por telefone desde sexta-feira, dia 15,, ele não foi encontrado para falar de sua decisão.

DEPUTADO ESTADUAL

João Gilberto, antes de ser prefeito de Ribeirão, entre 1983 e 1988 (mandato de seis anos), foi também deputado estadual. Após seu mandato na Prefeitura ele tentou se eleger deputado federal, mas não conseguiu. Chegou a ser candidato a vereador pelo PR, em 2008, mas também não chegou lá. Obteve, na época, 1.529 votos, ou 0,52% do total. Aos 85 anos de idade, João deve se recolher agora à aposentadoria. Se conseguir ficar longe da política, claro.

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