
Sobre títulos e rótulos
Não à defesa de impeachment, mas sim ao direito de manifestação
A manifestação prevista para o próximo dia 15 já ganhou apoiadores e opositores e claro, já tem seus rótulos à disposição. O principal deles é golpismo, divulgado por apoiadores do governo federal.
Já simpatizantes do protesto dizem ser uma marcha contra a corrupção, ou pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Melhor se fixar na primeira.
Não há, pelo menos por enquanto, motivos para a cassação do mandato da presidente, eleita de acordo com a legislação vigente e com a maioria dos votos dos eleitores que compareceram às urnas.
Falar que manifestação popular é golpe também é ir ao extremo dos extremos. Não há que se defender a cassação, mas ficar calado diante de tantas acusações contra membros do governo e do Congresso Nacional é apoiar abertamente a corrupção.
Diante de tantas evidências (a serem investigadas, claro) é impossível achar que tudo está normal. Que reduzir a importância da maior empresa estatal brasileira é algo que conste no script de qualquer governo.
Assim não é possível pensar que o manifesto é um golpismo. Claro que haverá, entre os manifestantes, quem defenda a cassação da presidente e que isso pode representar um golpe. Mas a maioria não terá este objetivo.
A maioria que irá às ruas será para dizer aos políticos de uma forma geral – presidente, governadores, deputados, senadores – que não é mais possível suportar desmandos e desvios de dinheiro público.
O que estas pessoas querem dizer é que é preciso reduzir a corrupção para que sobre mais dinheiro para a saúde, para a educação, para a segurança e para obras.
Nenhuma pessoa que tem um pouco de noção de democracia defende a cassação pura e simples. Mas também ninguém, acredita-se, está de acordo com a corrupção do mensalão e do petróleo.
A não ser que seja beneficiário dos esquemas, como políticos e empresários.
O Brasil tem grande chance de melhorar suas práticas políticas, melhorar a administração nos poderes executivo do País e atender melhor aos contribuintes, já calejados de pagar e não receber.
E, sob pressão, governantes têm oportunidade de rever posturas e melhorar o País. Tudo dentro da ordem, de protesto pacífico e com o objetivo de alertar os governantes das discordâncias.
BANCOS COM BANCOS
Está valendo. A prefeita Dárcy Vera (PSD) sancionou a lei 675/2015, do vereador Beto Cangussu (PT), que determina que as agências bancárias de Ribeirão Preto disponibilizem aos seus usuários, móveis destinados ao assento público, afastando o desconforto da permanência dos usuários em pé. A prefeita solicitou ao legislador que seja realizado um estudo para verificar as agências que não têm espaço físico ou estrutura para a instalação dos assentos para a inserção de ementa ao projeto.
DEFESA DA MULHER
A Coordenadoria Municipal da Mulher, ligada à Secretaria de Assistência Social, passará a ter novo endereço a partir desta terça-feira, dia 10. O Departamento passa a integrar a rede de serviços oferecidos em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, e prestará atendimento na Rua João Arcadepani, 400, na Nova Ribeirânia.
VARA DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Será inaugurado também nesta terça-feira, o anexo da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a mulher, no Fórum de Ribeirão Preto, na Rua Alice Além Saadi, 1010, 2º andar. O anexo trabalhará em conjunto com a Coordenadoria. O local atende mulheres vítimas de violência doméstica, possibilita proteção à integridade física, sexual e psicológica, moral e patrimonial a estas mulheres, além de promover sua autoestima, sua reintegração social e defesa de seus direitos como cidadã.