
Todos iguais perante a urna
“Todos são iguais perante a lei”. A frase, dita à exaustão, chega a levar as pessoas a acreditarem que são mesmo iguais quando são levadas a algum julgamento judicial. Balela.
Não é preciso ser nenhum magistrado ou operador do Direito pra saber que há muitos que são mais iguais que os outros neste mundo de uns julgando os outros.
Mesmo que seja apenas para contratar melhores advogados, quem possui mais recursos financeiros “saem na frente” na hora de provarem suas inocências.
Já diante das urnas eletrônicas todos são sim, exatamente, iguais. Quem mora em uma mansão no melhor bairro da cidade pode votar uma única vez por cargo, por eleição. O mesmo direito de quem mora no pior barraco da pior favela.
É claro que quem tem mais informações pode, sim, exercer seu direito de forma mais consciente. Pode também estar mais próximo do poder, mas seu voto tem o mesmo valor. E ele precisa aceitar quando seu escolhido é derrotado.
São coisas da democracia. E é bom que assim seja. Pode ser o momento do voto em que todos podem se considerar iguais, sem qualquer favorecimento. E ninguém pode interferir na vontade do outro no momento da escolha.
Mas é também por isso que a chance, única, não deve ser desperdiçada. Com o início do período em que a propaganda eleitoral é permitida, o eleitor deve buscar informações sobre as candidaturas colocadas.
Como os meios de informação estão cada vez mais diversificados, não há tanta dificuldade em conhecer os candidatos para que a escolha seja a melhor possível.
Porque é da escolha que depende o futuro do País, dos estados e municípios. E até da manutenção desse direito que tem um misto de dever incluído, que é o voto livre e direto.
LDO
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2015 será votada em segunda discussão na tarde desta quinta-feira, dia 10, em sessão extraordinária, às 17h. Na quinta-feira passada, dia 3, a LDO foi aprovada em primeira discussão com 750 emendas dos vereadores e de populares, por meio da Comissão de Finanças e Orçamento, que realiza duas audiências públicas.
ACORDO
A aprovação com todas as emendas votadas de forma englobada foi uma espécie de vitória da oposição. O presidente da Comissão de Finanças, vereador Genivaldo Gomes (PSD) havia elaborado um parecer em que 32 emendas seriam rejeitadas, segundo ele, por “desfigurar” o projeto. Mas um acordo deixou o parecer sem votação e o projeto foi aprovado com todas as emendas.
APENAS PARA A TV?
Os vereadores fizeram, na sessão desta terça-feira, dia 8, um minuto de silêncio pela morte do jornalista Luís Henrique Ferreira Trovo, que nos últimos cinco aos foi assessor de imprensa da Câmara Municipal. Foi um sinal de respeito. Estranho que nenhum dos vereadores foi ao velório do ex-funcionário. E a direção da Câmara não mandou uma flor sequer. Certamente porque a TV Câmara não estava por lá para registrar as presenças.
NOME DE LOGRADOURO
Daqui a pouco, algum vereador que não se dignou a ir ao velório do ex-funcionário vai se dignar a apresentar um projeto de lei para denominar logradouro público ou próprio municipal com o nome do jornalista. Algo assim para oficializar a hipocrisia.
ELE DISSE
“Quero encaminhar favorável ao parecer contrário da Comissão de Justiça”
Bebé (PSD), vereador, pedindo que os colegas aprovassem o parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que julgou inconstitucional o projeto que proíbe a queimada de cana no município. O parecer foi rejeitado.