A TRANSPARÊNCIA PREMIADA

A TRANSPARÊNCIA PREMIADA

O prefeito de Altinópolis, Marco Ernani Hyssa Luiz (PMDB), conhecido como Nanão, tem andado, nos últimos dias, com algumas matérias na bolsa. A quem ele conhece, o prefeito mostra, orgulhoso, as notícias sobre sua cidade. Faz sentido a “comemoração”.  A cidade que ele administra é uma das cinco do Estado de São Paulo e uma das 29 do Brasil a conquistar nota 10 na análise da transparência pública, feita pela controladoria-Geral da União (CGU). O estudo foi divulgado na semana passada e analisou, por amostragem, 1.587 municípios brasileiros na disponibilização de informações aos munícipes. Foram avaliados os sites das prefeituras escolhidas por sorteio. Das cidades analisadas, apenas 29 tiveram a nota máxima e 1.356 não chegaram a tirar nota 5 e 822 receberam menos que 1. Ribeirão Preto não foi inclusa na lista das cidades analisadas. A Prefeitura até mantém em seu portal uma página destinada à divulgação de dados, mas não é a melhor cumpridora de Lei de Acesso à Informação, tanto que responde à Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público, pelo descumprimento. Nanão sorri à toa, porque Altinópolis está equiparada a municípios como Franca, Limeira, São Paulo, Tietê. O resultado demonstra que a cidade está preparada para respeitar o contribuinte ao praticar a transparência administrativa.

REELEITO
O Secretário da Fazenda de Ribeirão Preto, Francisco Sérgio Nalini, foi reeleito para mais um mandato no Fórum de Secretários Municipais de Finanças e Fazenda do Estado de SP, o Fórum Sefin-SP. Segundo Nalini, a entidade já reúne mais de 100 cidades que representam todas as regiões metropolitanas e de governo do Estado. O Fórum promove a troca de informações entre esses profissionais. Muitos fatos relevantes são discutidos pelos novos sistemas de mídias sociais, mas o grupo realiza reuniões periódicas. “Nesses quatro anos já fizemos 11 encontros presenciais”, afirma Nalini.

PÚBLICO E PRIVADO
O vereador Marcos Papa (Rede) foi denunciado por utilizar a estrutura de seu gabinete para divulgar uma palestra em que o participante deve “colaborar” com R$ 20. O e-mail e o material de divulgação colocavam o telefone do gabinete do vereador na Câmara para prestar informações.  O parlamentar justificou que o evento é público, mas há interesse comercial, mesmo que a título de colaboração. Outros vereadores já divulgaram unidades residenciais em seus gabinetes na Câmara, como Walter Gomes (PR) e Genivaldo Gomes (PSD) com o intuito, segundo eles, de orientar as pessoas. O objetivo pode ser louvável, mas é sempre bom lembrar que a estrutura pública não deve favorecer iniciativas privadas.

TV X RÁDIO CÂMARA
O vereador Jorge Parada (PT), presidente da Comissão Permanente de Comunicação Social da Câmara, reclamou da situação precária da TV Câmara, que enfrenta problemas de falta manutenção de equipamentos. Muitos estão quebrados. O discurso, da tribuna da Câmara, foi feito logo após o presidente da Casa, Walter Gomes (PR) mencionar a solenidade em Brasília para anúncio da Rádio Câmara FM. Parada disse que enquanto a Câmara se vangloria externamente não cuida do patrimônio interno. Walter, que conversava com outro vereador, pouco ouviu do discurso do colega.

FOSFOETALONAMINA
A “bandeira” do deputado estadual Rafael Silva (PDT) pela liberação da fosfoetalonamina, um composto sintético que tem ajudado na melhora do quadro de pacientes com câncer, criou polêmica na Câmara Municipal. O vereador Beto Cangussú (PT) questionou os motivos de o deputado não defender o composto desde a sua descoberta, há 20 anos, período em que muitas pessoas morreram de câncer. Filho do deputado, o vereador Ricardo Silva (PDT) disse que seu pai entrou na briga depois que o governo estadual proibiu a distribuição das cápsulas.

 

Compartilhar: