Vai de carona?

Vai de carona?

Na sucessão municipal, PSD da prefeita Dárcy Vera deve caminhar junto com o PTB, que já tem pré-candidato anunciado

Apesar dos esforços do presidente nacional da legenda, o ministro das Cidades Gilberto Kassab, pelo menos aparentemente o partido da prefeita Dárcy Vera, o PSD, não lançará candidato a prefeito nas eleições deste ano. Deve caminhar coligado ao PTB, que lançou, no sábado, a pré-candidatura do advogado e radialista Rodrigo Camargo.

Quem esteve na cerimônia pode contar a presença de uma dezena de assessores de primeiro escalão da prefeita, além de vereadores de seu partido ou de aliados. E, melhor, todos pareciam muito à vontade na reunião do partido que em 2012 caminhou junto com o PT oferecendo a candidatura de vice do juiz aposentado João Gandini, hoje no PSB.

O primeiro a falar no encontro foi justamente o presidente da comissão provisória local do PSD, Marco Antônio dos Santos (na foto à esquerda), superintendente da Coderp e do Daerp. E disse que estava ali porque foi convidado a conversar, justamente em um momento em que os partidos parecem ter esquecido uma de suas principais funções, que é conversar.

Depois, em sua fala, o presidente estadual do PTB, deputado estadual Campos Machado, fez questão de rasgar elogios à prefeita Dárcy Vera, em um claro discurso de entendimentos e alianças. Pelo equilíbrio, também falou bem de Geraldo Alckmin (PSDB), sem deixar de criticar o partido do tucano.

Para o PSD é ruim não ter candidato próprio. E até pode ser que tenha. É pelo menos o que seus dirigentes vivem a garantir. Ruim porque o governo precisa ter um candidato que o represente na campanha, que o defenda de críticas.

É, no entanto, uma decisão difícil. Supõe-se que um candidato “oficial” deve ser bem sucedido. E há um sério risco, pela popularidade em baixa da prefeita, que isso não ocorra. Assim, melhor mesmo é terceirizar a função de defender o governo e criticar adversários.

Mas ainda há tempo. As convenções para sacramentar os candidatos só acontecem a parir da segunda quinzena de julho. Em um prazo de quase quatro meses muita coisa pode acontecer.

Principalmente em períodos políticos em que os fatos estão em franca ebulição. E tudo muda diversas vezes ao dia.

BOA RECEPTIVIDADE
Nas redes sociais, o nome de Rodrigo Camargo como pré-candidato a prefeito teve boa receptividade. Muita gente o cumprimentando pela decisão e por ter sido escolhido. Mas o lançamento deve prejudicar a credibilidade do programa de rádio Fala Sério, que ele apresenta na Rádio Bandeirantes em Ribeirão Preto.

EXPLICAÇÕES DIFÍCEIS
Vivendo parte de seu tempo em Portugal, o ex-secretário de Governo Jamil Albuquerque diz que os portugueses têm muita dificuldade em entender as mudanças políticas do Brasil. E não é por falta de capacidade de compreensão. É que anda mesmo muito difícil. Jornalistas estrangeiros também sofrem muito para explicar a seus conterrâneos o vai e vem de decisões judiciais.

ATÔNITOS
O jornalista Heraldo Pereira, que esteve na cidade para fazer palestra a convite da Revide resumiu a situação vivida por jornalistas e fontes de informações em Brasília em capitais importantes da República. Estão todos atônitos.

CIDADE LIMPA
A Câmara Municipal realizará audiência pública para discutir mudanças na lei da Cidade Limpa. A intenção dos vereadores que defendem as alterações é permitir, por exemplo, a colocação de painéis de outdoor em avenidas do Centro da cidade. A audiência será na próxima segunda-feira, 28, a partir das 18h30, no Salão Nobre.

ROLOU NA REDE
"O governo andava preocupado com a seletividade das divulgações de investigações, mas bastou aparecer o grampo telefônico para que a seletividade fosse abolida. Tudo foi para as ruas. E numa velocidade considerável".

Compartilhar: