Vereadores divididos

Vereadores divididos

Eleição municipal muda vereadores de lado de acordo com a coligação que apoiam

Dos 15 vereadores que estiveram no arco de partidos que apoiaram a reeleição da prefeita Dárcy Vera (PSD) oito estão em trincheiras ao menos divergentes na sucessão municipal deste ano.

Destes, quatro mudaram também de partido, assumindo bandeiras teoricamente oposicionistas. Os outros mantêm filiação em partidos que apoiaram Dárcy na reeleição, mas estão agora com Duarte Nogueira (PSDB) – Maurílio Romano (PP) e Capela Novas (PPS) – ou Ricardo Silva (PDT) – Cícero Gomes da Silva (PMDB) e Saulo Rodrigues (PRB).

Os demais trocaram de partido e de candidato a prefeito. Viviane Alexandre (Ex-PPS hoje PSC), Rodrigo Simões (ex-PP hoje PDT), Paulo Modas (ex-PR hoje PROS) e André Luiz da Silva (ex-PCdoB hoje PTN).

Os vereadores do PSD – Bebé, Coraucci Netto, Genivaldo Gomes, Samuel Zanferdini e Waldyr Villela – apoiarão o candidato do PTB, Rodrigo Camargo, assim como Giló e Walter Gomes (ex-PR e hoje no PTB). Há controvérsias sobre a posição de Coraucci, já que ele não disputará a reeleição e o filho dele, Jean, está filiado ao PDT.

O candidato Wagner Rodrigues (PCdoB), teoricamente, terá o apoio dos vereadores Beto Cangussú e Jorge Parada, ambos do PT, já que há a coligação com o partido, que indicou o candidato a vice-prefeito. Cangussú, no entanto, foi defensor da candidatura própria do PT a prefeito.

Fábio Zan (Rede Sustentabilidade) terá o apoio solitário do vereador Marcos Papa, filiado à nova sigla.

Feitas as contas, em termos de apoios de parlamentares com mandatos, Rodrigo Camargo (PTB) tem o maior número (sete), seguido de Ricardo Silva (PDT) com seis e de Duarte Nogueira (PSDB), com cinco. Dois deverão seguir Wagner Rodrigues (PCdoB) e um, Fábio Zan (Rede).

Nas contas de perdas e danos, o PSD ficou sem o apoio de sete, tendo dois vereadores migrado para a candidatura do PSDB, que por sua vez perdeu o apoio de Marcos Papa.

Essa parece ser apenas uma conta eleitoral. Não é. De olho nos votos, os vereadores mudarão de comportamento em relação à administração municipal e a prefeita terá mais dificuldades em aprovar projetos polêmicos na Casa.

Muito embora a bancada do partido da prefeita na Câmara tenha crescido de três para cinco, o aumento veio de partido aliado, já que Coraucci Netto assumiu no lugar do peemedebista Léo Oliveira e Samuel Zanferdini foi do PMDB para o PSD, uma troca assim de seis por meia dúzia.

SEM CANDIDATOS
Ribeirão Preto ainda não aparece entre as cidades paulistas que pediram à Justiça Eleitoral o registro de candidaturas de prefeitos, vices e vereadores. Na região já há pedidos em Araraquara, Barretos, Batatais e Franca. Entre os pedidos de registro está o do ex-ministro das Comunicações Edinho Silva (PT), a prefeito de Araraquara.

CAMPANHA PESADA
Com o fim das convenções partidárias, começam a aparecer os candidatos até então meio “envergonhados” nas redes sociais. Já tem gente fazendo foto com primos e sobrinhos, mostrando imagens de onde foi e o que fez. Ainda bem que a campanha deste ano será mais curta e o eleitor se livrará antes das bobagens que alguns candidatos fazem para divulgar seus nomes.

CANETADA
A prefeita Dárcy Vera (PSD) vetou praticamente todas as emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), propostas por vereadores e Comissão de Finanças, Orçamento, Fiscalização, Controle e Tributária. Sancionou uma para não dizer que todas foram para o ralo. Isso depois de todo o imbróglio da rejeição do projeto.

REJEIÇÃO
Os vereadores disseram que devem derrubar o veto parcial da prefeita à LDO. Vamos ver se terão mesmo coragem para mais esta ação política de confronto com o Executivo nestes meses finais de mandato.

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