Beaujolais

Beaujolais

Sua uva é a tinta Gamay, que tem a capacidade ímpar de produzir vinhos com características que tipificam as 12 regiões de origem controlada que compõem a Apelação de Origem Controlada (AOC) Beaujolais. A AOC é concedida através de um decreto aos vinhos de uma região delimitada que identifica um produto cuja autenticidade e tipicidade representam a sua origem geográfica, avaliadas através de um exame analítico de suas propriedades físico-químicas e de suas características organolépticas. A finalidade da AOC é de proteger o nome de seus produtores, bem como a da região onde as videiras são cultivadas, e garantir, consequentemente, sua credibilidade.

Os diferentes tipos de solos da região de Beaujolais conferem diversas tipicidades aos seus vinhos que, injustamente, levam a pecha de vinhos de categoria inferior e baratos em termos de qualidade. Enganam-se aqueles que pensam assim, pois há muito a ser descoberto nos vinhos Beaujolais, iniciando por aqueles simplesmente denominados Beaujolais e Beaujolais Villages; os charmosos e minerais Brouilly, com seus taninos sedosos, os Chénas, com linda cor rubi e nuances de especiarias que se acentuam com o seu envelhecimento, os Chiroubles de um vermelho mais intenso e aromas marcantes de frutas vermelhas, o Côte de Brouilly, com aroma intenso de uvas recém-colhidas e que envelhecem com elegância, o Fleurie que se veste de um vermelho intenso e aroma carregado de frutas vermelhas maduras, os Juliénas, um Beaujolais irrequieto quando na boca desprendendo aromas e sabores de especiarias que se acentuam depois de dois ou três anos de existência, o Morgon com aromas e sabores pujantes de frutas, como pêssegos, nectarines, cerejas, um diferencial entre os Beaujolais, o Moulin — À — Vent, que envelhece muito bem até dez anos carregando taninos intensos mesclados com cerejas e violetas, um desafio para aqueles que desconhecem o que os Beaujolais são capazes de expressar como vinhos que merecem uma reputação respeitável, Régnié que nos conquista pela sutileza da groselha, das ameixas rosas e da canela, e, finalmente, o Saint-Amour que nos encanta pelo frescor e pelos aromas que se materializam nos seus dois primeiros anos de vida.

Ainda temos um lugar para o nosso conhecido Beaujolais Nouveau produzido com uma rápida maceração carbônica que não se estende além de 48 horas, sendo logo filtrado, engarrafado e pronto para se consumido. Não se assuste se um dia desses surgir à sua frente um Beaujolais Blanc, elaborado no extremo norte da região, mas com as uvas brancas Chardonnay. Um bom final de semana para todos nós.

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