
Farinha de mandioca D’Água em Paneiro
Ela tem suas raízes na terra nua e ocupa um lugar de destaque nas nossas mesas em sua forma mais simples de farinha levemente torrada, pulverizada sobre o feijão, farófia com pimentas, aquele tutu de feijão com linguiça frita e bem apimentada, bolos, tortas e pães.
Recentemente, a minha atenção foi voltada para um tipo de farinha artesanal de mandioca d’água elaborada em Bragança do Pará pelo senhor Bené, ao lado de sua espoas, Dona Maria. O senhor Bené é também conhecido como o farinheiro de Bragança do Pará e professor da farinha.
Depois de colhida, a mandioca amarela é lavada, descascada, picada grosseiramente e colocada em um cocho de madeira com água corrente de Igarapé por quatro dias. O produto obtido é colocado, a seguir, no Tipiti, uma formação tubular longa, trançada com fibras vegetais de folhas da Bacaba, uma palmeira da Amazônia. O Tipiti é fechado manualmente, preso pelas extremidades, esticado ao longo de seu comprimento, liberando o caldo da mandioca utilizado na produção do Tucupi.
A mandioca é ralada fina, seca, peneirada e a sua farinha, embalada em um paneiro, tipo de cesta de fibra vegetal construída pelo senhor Bené. O paneiro é forrado com palhas das folhas de Arumã que permeiam a farinha com o seu aroma e conservam o seu frescor.
Onde encontrar:
Bombay Herbs & Spices