A jaca

A jaca

Ela chegou para alegrar os dias quentes deste verão, para ser apreciada in natura, compota, farófia, sorvete e mesmo dar um tom exótico no preparo de molhos para acompanhar aves, carnes, peixes e crustáceos. Vinda da Índia e do sudeste asiático pelas mãos dos portugueses, gradativamente, a jaca se espalhou por todo Brasil e causa espanto como uma fruta gigantesca pode crescer no tronco de uma árvore — Artocarpus heterofila — que pode atingir até 25 metros de altura e só “cai do pé” quando madura ou apanhada com as mãos.

A casca espessa do verde, gradativamente, atinge uma cor bronzeada quando está madura e pronta para ser consumida imediatamente. A fruta da jaqueira é classificada como jaca mole ou dura, sendo que a primeira pode ser degustada in natura, mas também em compota, e a última é a preferida para a elaboração de pratos em nossa cozinha. As inúmeras sementes podem ser cozidas, assadas e, a seguir, descascadas e apreciadas na elaboração de farófias. A maior dificuldade encontrada na utilização e na apreciação de uma jaca é saber o ponto exato da maturação, avaliado pelo discretíssimo aroma natural que exala e uma consistência e textura ainda firmes quando ao toque, visto que ela rapidamente passa do ponto e aí fica complicado.

Nada como os frutos carnudos e geladinhos de uma jaca mole fresca e no ponto certinho para realmente contemplar a riqueza em aromas e sabores tão peculiares desta fruta exótica. Outra sugestão seria uma compota de jaca mole de preparo muito simples: em uma panela, prepare uma calda com a proporção de um quilo de açúcar cristal para um litro de água, levante fervura e reduza pela metade. Acrescente, a seguir, dois quilos de polpa de jaca mole sem as sementes, misture bem, retire a panela do fogo, finalize com uma xícara de café de suco de limão Taiti. Se estiver utilizando a jaca dura, deixe a panela no fogo para uma segunda fervura. A compota está pronta para ser apreciada. Bon appétit!

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