O vinho rosé

O vinho rosé


A sua cor é única e ele merece um título a parte entre os outros vinhos que conhecemos e desfrutamos. É leve, aromático, alegra nossos dias quentes, geralmente nasce pronto para ser apreciado e está sempre presente em momentos e em lugares descontraídos, como um vinho de aperitivo, um piquenique, um churrasco ou mesmo em ocasiões especiais de gala, quando se veste de borbulhas em nossas taças com o nome sofisticado de Champagne Rosé.

Seu nascimento pode ocorrer de duas maneiras muito simples, independentemente da varietal utilizada em sua vinificação. Na primeira, as uvas tintas são esmagadas e suas cascas permanecem em contato com o líquido a ser fermentado por um período de 12 até 48 horas, quando, então, são removidas. O vinho resultante pode ter uma cor rosa clara e transparente até um rosa intenso, indicando aromas e sabores mais acentuados. Na segunda maneira, permitida na região de Champagne, ocorre a adição de um vinho tinto a um branco em diferentes proporções, obtendo-se um rosé de diferentes tonalidades. A escolha de qual varietal será utilizada depende da região ou da preferência do produtor, no caso de Champagne, as duas varietais tintas podem ser a Pinot Noir e a Pinot Meunier, ou ambas, associadas à varietal branca Chardonnay.

O rosé é um vinho tranquilo vinificado com o intuito de se harmonizar com vários tipos de pratos sem dificuldades e, quando em dúvida, sirva um rosé na temperatura correta. Os vinhos rosés, com exceção dos espumantes em geral e do Champagne, eram considerados, até pouco tempo, fora de moda, mas atualmente fazem parte do grupo dos “fashion wines” que circulam ao redor do mundo, participando desde um simples churrasco até um jantar sofisticado. Aromas florais e de frutas vermelhas, uma acidez vibrante e agradável, além do sabor típico da uva utilizada em sua elaboração, são as características ideais que esperamos encontrar em um bom vinho rosé.

O Vale do Loire, na França, produz um vinho rosé elaborado com a Cabernet Franc e a Cabernet Sauvignon, que é o Rosé d’Anjou. No Vale do Rhône, a pequena cidade de Tavel próxima a Avignon, produz vinhos rosés que lhe deram uma merecida fama de produtora dos melhores vinhos rosés do mundo, que são complexos, harmoniosos, sólidos, densos e com um grande potencial para envelhecimento. Além da França, Portugal, Espanha e Itália produzem bons vinhos rosés em diferentes regiões vinícolas desses países.

O Novo Mundo, por sua vez, está gradativamente melhorando sua produção de vinhos rosés, mas, no geral, ainda falta a eles a leveza e frescor típicos de um bom rosé, com exceção de alguns espumantes que, por sinal, são muito bons quando a varietal branca Chardonnay está presente em sua elaboração. Descubra e aprecie um bom vinho rosé para alegrar os dias quentes que estão se aproximando. Um bom final de semana para todos nós.

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