PINOT GRIGIO

PINOT GRIGIO

A sua origem está vinculada às regiões vinícolas de Friuli, Alto-Adige, Venezia Giulia e Veneto, situadas no Norte da Itália, onde é cultivada em extensas áreas. Na Alsace e na Alemanha, sua presença é igualmente significativa, onde é conhecida com o nome de Pinot Gris. No Brasil, a Pinot Grigio cultivada e vinificada no Rio Grande do Sul me surpreendeu com sua tipicidade, sobretudo o agradável aroma floral, quando tive a oportunidade, recentemente, de apreciar um jovem e agradável vinho branco elaborado com esta uva. A Nova Zelândia é um outo país vinícola do Novo Mundo onde a Pinot Grigio tem produzido vinhos de excelente qualidade, rivalizando com sua variedade “ícone”,  a Sauvignon Blanc. 

A sua casca de uma cor rósea intensa nos faz lembrar uma cepa tinta, mas a cor de seus vinhos — levemente rosada, quase imperceptível — e as características organolépticas são de uma uva branca que produz vinhos de corpo leve com uma refrescante e agradável acidez. A cor da casca e a presença de uma pequena quantidade de taninos levemente defumados é uma herança de seu distante DNA, compartilhado com a tinta Pinot Noir, além da presença típica do mel, do abacaxi, dos pêssegos, das peras e das frutas cítricas, que conferem aos vinhos elaborados com a Pinot Grigio elegância e finesse não encontradas na maioria dos vinhos brancos situados entre os mais acessíveis ao nosso consumo. 

O frescor e os aromas da Pinot Grigio são preservados durante um curto período de fermentação em containers de aço inox resfriados a baixas temperaturas, sendo que a nossa recomendação é que os vinhos sejam apreciados durante um período que não se estenda além de dois anos da data de sua vinificação. Os vinhos elaborados com a Pinot Grigio são uma escolha perfeita como um aperitivo em qualquer época do ano, com grelhados do mar, pratos elaborados com molhos leves a base de creme ou de manteiga de ervas aromáticas, risotos e pastas com cogumelos, como o funghi porcini. 

Como regra geral para todos os vinhos brancos quando a presença da acidez é um elemento típico e importante — o que acontece com a maioria deles —, frutas e molhos com acidez maior do que aquela do vinho deve ser evitada para não “matar” sua vivacidade. Não recomendamos, por exemplo, apreciar um vinho elaborado com Pinot Grigio com um molho intenso a base de tomates. Mas, do outro lado, um peixe grelhado com um levíssimo toque de limão seria bem-vindo. Um bom final de semana para todos nós.

Dr. João Roberto
Food and Wine Styling and Photography 
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