Portobello: o cogumelo

Portobello: o cogumelo


A sua versatilidade culinária é uma atração. Logo de início, quando entramos em contato com o seu formato, vimos que é típico de um cogumelo, daqueles que ilustra os livros de contos de fadas, em que os encontramos rodeado por anõezinhos travesso. Também é apelidado com o nome carinhoso de “casinha de sapo”. Sua cor marrom, a pele lisa e aveludada, os aromas e sabores que nos trazem à memória a “terra molhada”, quando a chuva cai após um longo período de seca, é um convite permanente para nos aventurarmos nas mais originais experiências culinárias. 

O cogumelo Portobello, quando recém-colhido e delicadamente preparado, preenche com facilidade os quatro pontos cardinais que fazem da culinária uma arte sem fronteiras: a cor, a textura, o aroma e o sabor. O Portobello pode ser apreciado in natura, como um carpaccio, com um toque de um azeite de oliva leve, algumas gotas de limão siciliano, pimenta do reino e sal ou grelhado diretamente na grelha de uma churrasqueira, recheado e gratinado com o seu próprio talo, picadinho, recoberto com um molho  mornay.  O Portobello, quando ligeiramente grelhado em uma frigideira de fundo espesso, ao lado de um carré de cordeiro, batatas e ervas aromáticas, nos direciona, como num passo de mágica, aos quatro pontos cardinais da culinária. 

Em uma frigideira pesada e de fundo espesso, simplesmente doure o carré com as batatas pré-cozidas e, ao final do processo, adicione o Portobello em fatias, vire-as rapidamente, adicione alguns ramos de alecrim e louro. Retire a frigideira do fogo, corrija o sal e aprecie com uma taça de um belo Cabernet Sauvignon. Bon appétit! 

Dr. João Roberto
Food & Wine Styling and Photography
[email protected] 

Compartilhar: