
A Sálvia
Uma de nossas ervas aromáticas preferidas, a sálvia, com suas folhas verdes espessas, aveludadas e com pontilhados minúsculos repletos de um óleo aromático, desprende um cheiro característico assim que entra em contato com o calor de nossos dedos, aroma este que se intensifica na presença de azeites, manteigas e vinhos, quando aquecidos.
Existem centenas de variedades de sálvia, inclusive uma somente ornamental, com lindas flores vermelhas. Aquela utilizada em nossas cozinhas é a officinalis, que tem folhas verdes ou púrpuras. De relativo fácil cultivo, um pequeno arbusto de sálvia pode se manter vivo por até 15 anos desde que observemos certos cuidados essenciais no seu cultivo:
1 -Canteiros ou jardineiras com solo alcalino, ricos em elementos minerais, com destaque para o potássio, o fosfato e o cálcio.
2 -Solo bem drenado e com boa exposição solar, principalmente, pela manhã.
Quando encontramos solos ácidos, que necessitam correção, e nos longos períodos chuvosos de verão, as folhas perdem a vivacidade e o brilho característico com tendência ao desenvolvimento de fungos nas raízes e consequente morte da planta. Os ramos da planta devem ser mantidos bem aerados, com a poda sistemática daqueles mais baixos. Com esses cuidados, uma planta poderá ser reproduzida nos meses frios do inverno, destacando aqueles ramos da base com um leve puxão para baixo, observando a presença do olho germinativo, que deve estar bem evidente, e imediatamente colocados em contato com a terra já preparada.
Seguindo esses simples passos, podemos perpetuar nossas mudas de sálvia, uma das muitas ervas frescas indispensáveis em nossas cozinhas no preparo de aves, carnes bovinas e suínas, peixes, sopas, batatas e vegetais ligeiramente grelhados em manteiga e azeite de oliva. Bon appétit!