Vinhos da África do Sul

Vinhos da África do Sul

Vinho sul-africano

Cores atraentes e vibrantes, aromas e sabores intensos que se desprendem em camadas de frutas vermelhas, nos tintos, e de frutas cítricas, nos brancos. Estes são os vinhos modernos que a África do Sul nos oferece, graças à constante busca por inovações e à adoção de uma tecnologia moderna no cultivo e na manutenção de suas antigas videiras, entre elas, a Pinot Noir originada da Bourgogne e da Cinsault, conhecida aqui com o nome de Hermitage, originada do Rhône Sul, na França. A partir dessas duas variedades francesas surgiu a varietal híbrida africana, batizada de Pinotage, é sinônimo de vinho sul-africano, que tem um grande número de admiradores que apreciam um vinho tinto com características típicas e, ao mesmo tempo, aromas e sabores intensos.

Os produtores da África do Sul não dormiram na glória de seu Pinotage e enfrentaram o desafio de produzirem vinhos de qualidade à semelhança dos outros países do Novo Mundo, como, por exemplo, o da Austrália, famosa pelo seu tinto Shiraz. O Shiraz produzido na África do Sul se tornou um forte competidor dos australianos nos últimos anos, obrigando seus produtores a reavaliar de maneira drástica sua elaboração, numa tentativa de compensar a enorme perda de mercado, principalmente na Inglaterra, onde ultrapassou a importação e o consumo dos vinhos australianos.

Da região de Stellenbosch, símbolo da vinificação estilo Bordeaux e moradia original da Pinotage, um tapete de videiras se estendeu pela África do Sul com novas plantações e recuperação das antigas áreas cultivadas com as varietais tintas Grenache, Cinsault, Mourvèdre, ao lado das brancas, como a Chenin Blanc, Sauvignon Blanc e a Sémillon. A ausência de textura típica da Chenin Blanc cultivada na África do Sul foi corrigida graças à associação de uma pequena percentagem de uvas parcialmente desidratadas por fungos nobres à maneira da produção dos vinhos doces da região de Sauternes na França.

Os brancos elaborados com a Sauvignon Blanc, por sua vez, tem nos surpreendido pela intensa presença de cítricos, uma de suas mais marcantes características, mas ainda não estão à altura dos produzidos na Nova Zelândia. No entanto, a sua rápida evolução nos últimos anos, sem dúvida, será uma grande ameaça para os neozelandeses, que primam pelo frescor, e a presença marcante de abacaxi e do maracujá, que são os aromas e sabores preferidos dos consumidores adeptos dos vinhos brancos do Novo Mundo, sobretudo nos países consumidores da Europa e nos Estados Unidos.

Coragem de mudar, inovar e um espírito de competição e autoconfiança de seus vitivinicultores são os ingredientes responsáveis pelo grande sucesso dos vinhos da África do Sul, atualmente tão apreciados ao redor do mundo. Muitos desses vinhos estão à disposição e, sem dúvida, será uma experiência gratificante apreciá-los, além do fato de serem muito acessíveis. Um bom final de semana para todos nós.

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