Vinhos da Alemanha - 2

Vinhos da Alemanha - 2

Além do conhecimento das características das quatro principais uvas brancas cultivadas na Alemanha, responsáveis por seus vinhos, é igualmente importante que a escolha seja orientada por seus belos e ilustrativos rótulos. Eles são um guia acurado daquilo que nos espera quando os apreciamos e facilitam sobremaneira a sua escolha.

As denominações de origem estão destacadas logo acima no rótulo, indicando as regiões produtoras, que são em número de 13, todas com características próprias e bem definidas, como por exemplo, Mosel-Saar-Ruwer, Rheingau, Nahe, Pfalz, Rheinhessen, e Franken. Os nomes das castas estão sempre presentes, o que não deixa margem para dúvidas quanto à escolha, seja ela Riesling, Gewürztraminer, Müller-Thurgau ou a Sylvaner.

O tempo de duração da fermentação determina a menor ou maior quantidade de açúcar residual natural que vamos encontrar. Daí os termos “trocken” para os vinhos secos e “halbtrocken” para os meio secos. Se uma dessas duas palavras não estiver presente, estamos diante de um vinho ligeiramente adocicado.

Os atributos denominados especiais não indicam a doçura, mas sim o grau de maturação das uvas ao tempo de sua colheita; quando encontramos somente o termo “Qualitätswein”, estamos diante de um vinho comum que necessita de adição de açúcar antes do início de sua fermentação, um procedimento permitido na Alemanha que leva o nome de Chaptalização. Ao contrário da “Qualitätswein mit Prädikat”, em que não se permite a adição de qualquer tipo de açúcar e que nos são apresentados em uma sub-classificação com termos bem definidos: Kabinett, vinhos leves de baixo teor alcoólico elaborados com uvas de maturação normal; Spätlese, de colheita mais tardia e, portanto, com concentração, aromas e sabores mais intensos; Auslese, de colheita tardia de cachos selecionados, sabor e aromas muito intensos, considerado um vinho nobre e, quando associado ao nome “trocken”, tem um alto teor alcoólico; Beerenauslese (BA), quando de colheita tardia e individual de uvas selecionadas; Trockenbeerenauslese (TBA), uvas colhidas quando já em adiantado estado de desidratação — são as uvas passas, originando vinhos doces semelhante ao mel, mas não gelatinosos —; e, finalmente, os verdadeiros e originais Eiswein, elaborados com as uvas colhidas diretamente das videiras enquanto congeladas pelo frio natural no início do inverno.

Os Eiswein são vinhos concentrados, exóticos e com um inigualável equilíbrio açúcar-acidez. Na Alemanha encontramos um vinho tinto elaborado com uma casta com constituição genética semelhante à francesa Pinot Noir da região da Bourgogne, denominada de Spätburgunder. Os vinhos da Alemanha não terminam aqui, vamos continuar, até lá! Um bom final de semana para todos nós.

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