Interações dor-atenção no cérebro

Interações dor-atenção no cérebro

 

     Durante a estimulação nociceptiva a natureza da experiência da dor num dado momento depende atual estado atencional. O cérebro constantemente avalia a dor em conjunto com os estimulos competitivos e objetivos, e recursos neurais similares devem ser recrutados para dor e outras demandas atencionais. Dor e atenção são ditas interagirem de maneira que dor pode afetar o desempenho atencional, enquanto a atenção pode simultaneamente modular a percepção de dor. Estudos usando paradigmas em que a atenção é explicitamente manipulada têm fornecido entendimentos acerca de como o cérebro representa as interações dor-atenção.

     Num estudo usando fMRI (ressonância magnética funcional), dor e uma tarefa de atenção (geração silenciosa de palavras) foram mostrados recrutar diferentes subregiões dentro do córtex cigulado anterior e médio. O estudo sugeriu que dor e tarefas cognitivas demandante de atenção, cada uma separadamente, consumem diferentes recursos neurais. Subsequentes estudos estudaram as interações entre dor e atenção no cérebro a partir da apresentação aos sujeitos de estimulações dolorosas concorrentementes com o desempenho numa tarefa cognitiva. Estudos usando imageamento das interações dor-atenção têm empregado uma amplitude diversa de tarefas cognitivas, incluindo formas das Tarefas de Stroop, estratégias de distração auto-geradas, distrações auditivas, atender às localizações ou atriburos dos estímulos dolorosos, apresentação visual em série rápida e tarefas de interferência numérica e múltiplas-fontes. Em alguns casos, múltiplos níveis de intensidade de dor e/ou dificuldades da tarefa têm sido administradas para avaliar os possíveis efeitos paraméwtricos sobre a interaçõa dor-atenção.

     Um achado geral que tem sido constatado nestes variados estudos das interações dor-atenção é que distração de um estímulo doloroso é associada com uma ativação diminuída de regiões dentro do sistema de dor ascendente, incluindo as áreas somatossensoriais SI e SII, ínsula e areas dentro do CCA (córtex cinculado anterior). 

    Outros estudos das interações dor-atenção têm revelado um possível papel do sistema modulador de dor descendente Por exemplo, ativação da substância cinzenta periaquedutal (PAG) e a conectividade funcional têm sido mostradas serem moduladas por distração da dor. Também, alguns dados suportam que o desempenho numa dada tarefa durante estimulação dolorosa foi associada com uma ativação diminuínda do segmento do corno dorsal correspondente ao lugar da estimulação, presumivelmente devido aos sinais das áreas do tronco encefálico envolvidas na inibição descendente.

     Tomados juntos, vários destes achados sustentam a perspectiva geral de que indivíduos com maior capacidade para modulação atencional de dor intrinsicamente exibem um engajamento aumento dos sistemas moduladores de dor descentente e um engajamento diminuído das redes sensoriais/saliência.

     Dor crônica demanda atenção contínua que pode impedir a cognição. Engajamento em tarefas cognitivas podem também afetar a intensidade e o desprazer da dor crônica. Portanto, dor crônica pode ser entendida como uma situação de interação contínua entre dor e atenção.

     Vários estudos sugerem que dor crônica prejudica a habilidade cognitiva, e tais prejuízos são também observados em modelos préclínicos de dor crônica. Talvez isto ocorra porque dor consume recursos cognitivos que poderial de outra maneira ser usado para outras demandas atentivas. Uma explicação comum dada para tal atenção enviesada em direção à dor crônica é que os pacientes exibem hipervigilância, ou um viés atencional, em direção à informação relacioanda à dor. Todavia, um metanálise recente indicou que o grau de viés atencional é pequeno em pacientes com dor crônica e não significativamente maior que o viés observado em indivíduos saudáveis. Portanto, o prejuizo no desempenho cognitivo na dor crônica pode ser largamente devido à atenção e à ruminação sobre a própria dor contínua e persistente do que a uma busca contínua para estímulos relacionados à dor extrínsica à dor contínua.

     Engajamento cognitivo com tarefas simples de atenção focada tem sido revelado reduzir a dor clínica. Ademais, atividades que inerentemente envolvem um componente atentivo, incluindo terapia cognitivo-comportamental, hipnose, meditação, yoga e técnicas de relaxamento, têm todas, mostrados alivar a dor crônica. O grau de redução de dor associado com técnicas de distração provavelmente depende dos fatores cognitivos individuais, assim um importante objetivo é o desenvolvimento de métodos para personalizar terapias baseadas nas características, tais como diposições atencionais.

     No nível neural, pacientes com dor crônica frequentemente exibem anormalidades estruturais e funcionais nas àreas cerebrais envolvidas na atenção, tais como, nos cortices prefrontal e cingulado. Durante o desempenho em tarefas cognitivas, atividade aberrante nas redes cerebrais emocionais têm sido observadas em pacientes.

     Estes achados sugerem que o componente demandante de atenção de dor crônica prejudica as redes cerebrais atencionais estruturais e funcionais. Fatores cognitivos individuais conectados aos prejuízos da rede atencional permanecem pobremente ainda pobremente caracterizados.

 

 

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