Competências Emocionais na Medicina

Competências Emocionais na Medicina

Postado em 17 de Abril de 2014 às 09:04 na categoria inteligência humana

            Inteligência Emocional (IE) tem sido recomendada como uma habilidade essencial de liderança. No levantamento envolvendo dez grandes especialidades médicas, foi sugerido que IE e suas habilidades agregadas fossem entendidas como as competências essenciais para líderes alcançarem sucesso nas instituições acadêmicas. Os dez líderes enfatizaram que esta habilidade era fundamental para seu sucesso, bem como, sua ausência, a causa de seus fracassos, sugerindo que a ausência de inteligência emocional, frequentemente, resultou na demissão dos chefes, contribuindo para a alta rotatividade entre os colegas. Ademais, a análise recomendou que se mensurasse e utilizasse IE como um critério para selecionar chefes de especialidades.

            Em outro levantamento similar, envolvendo chefes de departamentos acadêmicos de psiquiatria, fatores que contribuíram para o sucesso da liderança, citados por quase uma centena de respondentes, incluiu-se a habilidade para motivar e conduzir pelo exemplo, integridade, honestidade, perseverança, altruísmo e tolerância, todos os quais competências da IE.

            Inteligência emocional também tem sido aplicada em outros contextos da saúde. De fato, avaliações que enfermeiras faziam dos médicos, em três competências emocionais, a saber, entendimento das emoções dos outros, uso das emoções e controle das emoções, revelaram-se associadas com confiança enriquecida por parte do paciente.

            Em uma revisão da literatura, considerando inteligência emocional, indicou-se que alta inteligência emocional contribui para o enriquecimento das relações médico-paciente, motiva a equipe, fortalece as habilidades de comunicação, melhora o controle de eventos estressantes e o comprometimento organizacional e a liderança.

            Considerando que inteligência emocional significa entender e controlar a si próprio, entender os outros e controlar suas relações com outrem, estudiosos a têm recomendado como fundamental para um currículo que vise ensinar profissionalismo para estudantes, residentes e professores envolvidos na graduação e treinamentos médicos.

            As competências ensinadas baseiam-se num currículo em forma de espiral em que são ensinadas competências pessoais e sociais, considerando, conforme o estágio médico, a autoconfidência, a empatia, a consciência organizacional, o autocontrole emocional, a iniciativa, o otimismo, a resolução de conflito, a liderança motivadora, a colaboração e o trabalho em equipe. Qualquer que seja este estagiamento médico, as competências da inteligência emocional recebe o foco de ensino primário.

            Nesta estrutura curricular, as competências da IE são mais intensamente conectadas às experiências e habilidades mais requeridas e testadas durante as fases posteriores da experiência e do treinamento médico. Ainda que inteligência emocional não seja garantia de sucesso, é melhor ter mais que menos.

Compartilhar: