Inteligência (QI) e Teorias da Disparidade Global

Inteligência (QI) e Teorias da Disparidade Global

            A existência de muitos tipos de desigualdade e disparidade globais nas condições humanas é fato conhecido. O problema, entretanto, é encontrar explicação teórica para a emergência e persistência de ambas. Um exemplo? Relatórios do Banco Mundial informam anualmente a extensão de muitos tipos de desigualdades globais nas condições humanas. Dados estatísticos apresentados fornecem bases materiais necessárias o suficiente para explorar a extensão dessas disparidades na contemporaneidade, a partir de diferentes perspectivas. As mais frequentemente mensuradas envolvem desigualdade de renda, pobreza, educação e saúde, mas outros indicadores de tais disparidades também são o crescimento econômico, a expectativa de vida, a nutrição, o saneamento, a corrupção e a democracia. Muitos tipos de variáveis têm sido usados para medir tais disparidades nas condições humanas, mas o número de países cobertos por essas mensurações variam grandemente. Alguns indicadores tencionam cobrir todos os países do mundo, enquanto outros focalizam regiões geográficas, culturais e, mesmo, civilizações mais limitadas do mundo. Independentemente da natureza do indicador, e de como ele é mensurado, importa entender que pobreza e desigualdade são fenômenos multidimensionais.

            Não é claro para muitos estudiosos se a desigualdade global tem aumentado ou diminuído durante as últimas décadas. Alguns aspectos da desigualdade global, como, por exemplo, analfabetismo e expectativa de vida, têm melhorado em muitos países, mas, em contrapartida, tem piorado em outros. De qualquer modo, as disparidades em todos os aspectos das condições humanas têm persistido desde a última Guerra Mundial. Pesquisadores têm explorado os problemas da desigualdade e do desarmonioso desenvolvimento econômico entre as nações e discutido as causas desses fenômenos. Mas, não tem sido hábeis em concordar sobre qualquer explicação teórica testável e coerente. A teoria da dependência e a teoria da modernização são duas teorias tradicionais que tentam explicar o desenvolvimento econômico, a desigualdade global e a pobreza. De acordo com a segunda, desigualdade global está relacionada aos diferentes níveis de desenvolvimento tecnológico e cultural entre sociedades. Parece claro, entretanto, que a teoria da modernização não explica o porquê de o desenvolvimento econômico ter se iniciado na Europa, seguindo para a Ásia Ocidental e não em todas as partes do mundo ao mesmo tempo.

            A primeira teoria, por sua vez, afirma que a pobreza global historicamente fluiu da exploração das sociedades pobres pelas sociedades ricas, assumindo que, antes do colonialismo europeu, sociedades pobres foram mais afluentes do que o são agora. O argumento central, portanto, sendo que as posições econômicas das sociedades ricas e pobres são interdependentes e a prosperidade dos países de alta renda tem aumentado às custas dos países de baixa renda. As nações ricas, ao tornaram-se núcleos do sistema econômico mundial, perpetuando a pobreza no restante do mundo, bem como, a dependência das nações pobres em relação a si.

            As causas da desigualdade global e pobreza são exploradas em muitas outras teorias, também, embora muitas destas estejam mais interessadas nos meios para reduzir a desigualdade do que nas suas causas. É curioso, entretanto, que nenhuma dessas teorias usadas para explicar a pobreza e a desigualdade global considere, em algum momento, a possibilidade de que possam haver conexões causais significativas entre a diversidade humana e as várias disparidades nas condições humanas, tanto entre países, quanto entre sociedades. Todos os estudos acerca do desenvolvimento econômico parecem ser baseados na suposição implícita de que não é necessário prestar qualquer atenção à diversidade humana, pois não há qualquer diferença significativa nas habilidades inatas das nações. Em outras palavras, assume-se que diversidade humana é insignificante a partir da perspectiva dos estudos sobre desenvolvimento econômico e desigualdade global.

            Ao contrário, minha idéia é demonstrar adiante que a diversidade humana, mensurada pelo QI nacional, constitui o fator explicativo fundamental tanto para explicar as diferenças entre nações quanto as existentes dentro de uma nação.

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