Lula (2): o líder transformador

Lula (2): o líder transformador

             Na sequência dialógica de nosso artigo anterior, outra faceta da liderança exercida por Lula reside em sua forte habilidade de orientar pessoas na busca de objetivos comuns. Na realidade, liderança transformadora é outra maneira de pensar líderes excepcionais consonantes ao carisma que exercem. Hábeis em motivar seus seguidores a realizarem acima, e além, das próprias expectativas dos mesmos, corroboram a negatividade dos que não acreditam que estes poderiam completá-las sem o apoio do líder, possibilitando-lhes serem bem sucedidos. Logo, a liderança transformadora, além de sua relação íntima com o carisma, pode ser definida por três ações adicionais desempenhadas pelo líder: (a) inspiração, (b) estimulação intelectual e (c) consideração individual.

            A comunicação inspiradora, método pelo qual o líder transformador motiva seus seguidores com afirmações, e apelos, emocionalmente carregados, eleva-lhes o nível emocional, conseguindo que estes trabalhem em torno de um objetivo comum. Além disso, expressando confidência, e acreditando nas habilidades de seus seguidores para alcançar os objetivos designados para eles, os líderes transformadores podem aumentar a motivação e confidência dos seguidores em completar suas tarefas. Consequentemente, focalizando a importância das tarefas de seus seguidores, estes líderes fornecem significado aos seus trabalhos. Além disso, por meio de estimulação intelectual, torna seus seguidores conscientes dos problemas e das soluções possíveis. Parte disso envolvendo convencer seguidores a mudarem a maneira própria de pensar os problemas.

          O pensar de modo diferente os problemas, ao lhe possibilitar encontrar soluções que não estavam claras à primeira vista, faz com que problemas aparentemente insolúveis se tornem mais fáceis. Para fazerem isso, os líderes transformadores fazem uso de três ferramentais: (1) reenquadramento, (2) questionamento de suposições e (3) métodos não convencionais. O reenquadramento é colocar um problema num diferente contexto, ou observá-lo de maneira diferente. Questionar suposições leva seguidores a desafiarem suas próprias crenças sobre um problema, encontrando outra maneira de trabalhá-lo e encontrar-lhe solução. O uso de métodos não convencionais promove a prática de procedimentos não associados, usualmente, à solução daquele tipo de problema, podendo levar a soluções não consideradas no início, ou soluções mais eficientes do que as previamente usadas.

          Finalmente, pensar que seus seguidores são únicos, isto é, considerando-os individualmente, e respondendo às suas necessidades individuais, permite ao líder lhes avaliar as habilidades, e potenciais, para desenvolver novas habilidades. Motivados, o desenvolvimento das habilidades e, certamente, a possibilidade de o líder alcançar seus objetivos gerais podem mais facilmente se concretizar.

 

 

       

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