
Os alicerces de uma nação
Entendendo Ciência, Cultura e Educação como ferramentas transformadores do presente, viabilizadoras de um futuro decente, igualitário e promissor, não tememos afirmar que: “Sem este tripé, os números do mundo ficarão mudos”. Propondo que os problemas mundiais, tomados como um todo, são processos, refletir sobre os mesmos remete a, nada menos, que uma análise consciente do estágio real do desenvolvimento brasileiro. Alicerces que são de uma nação, orientam os gestores públicos a tomarem decisões estratégicas, vitais ao desenvolvimento social, atendendo as diferentes especificidades de cada camada social.
Tendo como objetivo maior identificar os desafios que emperram o desenvolvimento nacional, um dirigente que priorize este tripé reconhece, indubitavelmente, que a implementação de conhecimentos científicos básicos ajuda o homem a relacionar-se com a natureza, visando a dominação desta em seu próprio benefício, sem deixar de preservá-la como um elemento imprescíndivel para a manutenção da vida. Além disso, conhecimento científico, ainda que rudimentar, ajuda o homem a exercer uma melhor prevenção de doenças crônicas, bem como, envolver-se em reciclagem de produtos que tragam, por sua vez, maior qualidade de vida ao ambiente. Do mesmo modo, ao valorizar a Cultura como um processo que só os seres humanos utilizam para dar significados às ações que praticam, à realidade natural e à realidade construída, que os cerca, bem como, inserindo-a através de diferentes atividades em cada segmento social, promove o exercício democrático da cidadania até então desconhecido dos próprios cidadãos, fazendo com que, e talvez isto seja o mais importante, que estes se sintam partes integrantes de um grupo social digno. Por sua vez, valorizando a Educação como um processo contínuo, de ensinar e aprender, a ser desenvolvido ao longo da vida, que conduz à construção do conhecimento, da sabedoria, da criatividade e da inteligência, esta minimiza problemas de compreensão e ação, conseguindo fomentar, positivamente, não só a cidadania, mas, principalmente, aumentando a empregabilidade dos cidadãos. Portanto, Ciência, Cultura e Educação, em conjunto, formam os fundamentos do conhecimento, o qual, numa sociedade em contínua e rápida mudança, tem se tornado o mais fundamental elemento de riqueza e desenvolvimento das nações. De fato, tal conhecimento tem o poder de generalizar-se para todas as demais arenas da vida, tais como, saúde, segurança, transporte, trânsito, sociabilidade, empregabilidade e qualificação profissional. Portanto: qualidade de vida.
Tais alicerces, uma vez praticados, possibilitam a capacitação de recursos humanos geradores de conhecimento relevante e inovador para o desenvolvimento da economia, administração e legislação de um município. Adicionalmente, sepultando jargões até então utilizados, tais como, “isto é impossível de ser feito”, “ isto não é viável” e “isto é muito custoso”, substitui-os por “podemos tentar”, “não é impossível de dar certo”, “se não sabemos, podemos aprender e, então, começar a fazer”.
Considerações à parte, tal tripé adotaria práticas efetivas, como, por exemplo, (1) Atender a pluralidade: discutir as necessidades sociais de acordo com a existência de formações, conhecimentos e aptidões muito diferentes entre si, buscando, sempre que possível, um ponto de equilíbrio entre os diversos extremos; (2) Atender necessidades específicas de crescimento em diferentes áreas:alcançar o mínimo necessário para um bom andamento de processos e trabalhos, objetivando alcançar um resultado que destaque cada setor do lugar comum, ordinário, vulgar ou mediano em relação à produção e retorno social; (3) Alcançar índice de internacionalização de serviços: profissionalizar o funcionário público, otimizando gastos com terceirizações, e angariando, com isso, uma equipe de trabalho permanente, coesa e produtiva.
Como resultado, a inserção de tal tripé incidiria, positivamente, na elevação da área educacional e sociocultural da nação, orientando um processo de reflexão e “amadurecimento” do que seja uma administração municipal,estadual e nacional. Para tanto, Ciência responderia pela coleta e julgamento de informações orientadoras de tomadas de decisões, eliminando as idiossincrasias, enquanto gosto particular, que impedem, muitas vezes, idéias valiosas de serem concretizadas. Cultura mediaria, de forma cidadã, decisões estratégicas para o desenvolvimento do sistema administrativo como um todo e, finalmente, Educação, identificaria grupos e setores com potencial estratégico para não mais se poder dizer que não há discussão pública, bem como, reconhecimento de qual posição cada um falar.
Concluindo, tal prática permitiria superar a política da Cana com Laranja e, afastando-se do Café com Leite, gerar um banquete onde todas as classes sociais municipais, estaduais e nacionais poderiam sentar-se à mesa e dividir o bolo em partes iguais.