
Por que o "povo escolhido" tem inteligência tão alta?
Várias
teorias têm avançado para tentar explicar os altos níveis educacional,
ocupacional, de aquisição intelectual e de grandes realizações dos judeus.
Algumas destas teorias, bizarras, afirmam que os judeus têm desenvolvido uma
força de vontade anormal inata, ao lado de uma rede étnico-familiar em que se
apóiam, uns aos outros. Outras, sustentam que seu excepcional e forte apego ao
trabalho árduo facilitam tais desempenhos supremos. Outras mais, que os lugares
marginais que eles ocuparam na sociedade capacitou-os a operarem fora dos
moldes convencionais. Muitas outras, reconhecem a excepcional habilidade no
controle financeiro e administração de negócios, além de terem habilidade para,
rapidamente, tomarem vantagens de novas oportunidades, assim como, reconhecerem
situações inesperadas, delineando métodos para manipulá-las. Há ainda as que
enfatizam que os judeus valorizam a educação, a aprendizagem e a auto-estima.
Todavia, nenhuma destas teorias têm suporte empírico e tampouco é capaz de
explicar, globalmente, os sucessos dos judeus em variadas atividades das
diferentes esferas humanas.
Em seu livro “The chosen people”,
Richard Lynn (2011) considera que três teorias são mais plausíveis para
explicar o fenomenal sucesso do povo judeu. São elas: a teoria eugênica e as
hipóteses da perseguição e discriminação. A hipótese eugênica sustenta que os
Ashkenazin têm praticado costumes e práticas eugênicas, tais como, o casamento
entre pessoas mais sábias e afluentes, promovendo a sobrevivência de um maior
número de crianças de pais mais inteligentes. A hipótese da perseguição
sustenta que os gentis têm perseguido os judeus por quase dois mil anos,
perseguições nas quais estes têm sido dizimados e os sobreviventes,
inteligentes a ponto de preverem os perigos de tal mortandade, moveram-se a
países mais amigáveis ou mantiveram-se escondidos, pagando propinas aos seus
perseguidores para que estes os deixassem escapar ao massacre. Nesse sentido, os
menos inteligentes têm sido mortos. Já a hipótese da discriminação supõe que os
gentis, na Europa, discriminaram os judeus, impondo os tipos de ocupação que a
eles eram permitido realizar, como, por exemplo, negociar bens de segunda mão e
emprestar dinheiro.
O envolvimento de muitos judeus em
trabalhos financeiros selecionava-os para a alta inteligência, requerida para
julgar taxas de juros e quais emprestadores eram mais prováveis de reembolsar o
dinheiro emprestado. Estas três teorias são, para Lynn, as mais plausíveis de
explicar a inteligência dos judeus. Independente de qual teoria, ou somatório
delas, possa explicar o poder de realização dos judeus, o que impressiona é
que, qualquer que seja o lugar em que eles viveram, ou vivem, seus sucessos são
notáveis.