QI e avanços tecnológicos

QI e avanços tecnológicos

          Considerada o mais significativo agente de transformação social, a Revolução Industrial foi pioneira em ocasionar mudanças dramáticas na condição humana, comparáveis estas apenas às ocasionadas pela agricultura. Responsáveis pelo substancial aumento da riqueza global dos últimos 300 anos, têm o conhecimento tecnológico como mola propulsora, o qual, em constante evolução, permanece a grande força-motriz econômica mundial. Neste contexto, a habilidade de uma nação para criá-lo e explorá-lo é o ingrediente-chave de seu sucesso econômico, bem como, de sua riqueza e bem-estar social, o que faz do mesmo a fonte mais significativa de enriquecimento das nações.

            Entretanto, os fatores tradicionais de produção não desapareceram, mas, apenas se tornaram secundários. Tradicionalmente estudadas a partir da perspectiva econômica, as realizações tecnológicas têm focado os setores industrial e empresarial, despendendo, para os mesmos, somas elevadas em pesquisa, desenvolvimento e capacitação técnica. Entretanto, qual tem sido o papel da inteligência refletida nos escores de QI neste processo tecnológico?

            Estudos têm demonstrado que a realização tecnológica é uma função do QI acima da média dos habitantes de suas respectivas nações, ou seja, mostram que a capacidade tecnológica de uma nação é relacionada ao QI nacional. Logo, nações com uma percentagem mais elevada de indivíduos de alto QI geram mais conhecimento tecnológico, como mensurado pela quantidade de patentes registradas por habitantes, do que outras nações. Não obstante, também o avanço tecnológico medeia a relação entre o QI nacional e o Produto Doméstico Bruto (PDB) per-capita, sugerindo que nações com indivíduos com QI mais elevado são mais ricas porque elas têm mais sucesso em gerar conhecimento tecnológico.

            Portanto, a invenção de uma patente, certamente, requer inteligência elevada e o nível das atividades de patenteamento em uma nação parece ser uma função do QI nacional. É plausível, portanto, assumir que as mais importantes invenções e inovações são feitas por pessoas com QI acima da média, fato este que tem sérias implicações políticas. Isso significa que nações mais pobres precisam elevar o QI de seu capital humano, provendo melhor nutrição, educação e cuidados com a saúde, para garantir sucesso econômico e cognitivo. Vamos cuidar disso, Brasil!

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