Quão intensa é sua dor numa escala de 0 a 10?

Quão intensa é sua dor numa escala de 0 a 10?

       Experiência subjetiva que é, a sensação de dor não pode ser, objetivamente, determinada por instrumentos físicos, tais como os que mensuram, diretamente, peso corporal, temperatura, altura, pressão arterial e pulsação, ou seja, não existe instrumento padrão que permita mensurá-la. Não obstante, a experiência de dor pode ser mensurada considerando duas suposições básicas. Primeira, que dor é uma dimensão que varia, apenas, em magnitude. Segunda, a percepção de dor é uma multidimensional experiência, variando na qualidade e intensidade sensorial, bem como, em características afetivo-motivacionais.

            No primeiro caso, a dor é avaliada por meio de escalas unidimensionais. No segundo, por questionários multidimensionais. Nas escalas unidimensionais, os estímulos podem ter muitos atributos, mas há apenas uma dimensão psicológica de interesse, ou seja, a magnitude da intensidade comumente registrada pelo paciente. Entretanto, embora úteis para avaliarem a dor aguda, de etiologia bem definida, como, por exemplo, a dor no pós-operatório, as escalas de estimação de intensidade podem simplificar, ao máximo, a avaliação de algum tipo de dor. Para evitar isso, muitos clínicos recomendam o uso das escalas multidimensionais na avaliação de dor complexa, ou persistente, pois, entendem que a dor é melhor avaliada quando muitos indicadores são utilizados. Com as escalas multidimensionais, os estímulos são representados por valores psicológicos em mais de uma dimensão. Desta forma, múltiplos indicadores, quantitativos ou qualitativos, fornecem o máximo de informações possíveis sobre respostas individuais acerca de dor e suas inúmeras interações.

            Uma vez que escalas unidimensionais, de estimação de magnitude da intensidade, ou do desprazer, de dor, podem ser classificadas como técnicas restritas, as escalas multidimensionais não-restritas permitem aos pacientes determinarem o número e o tipo de dimensões, sendo, portanto, entendidas como menos enviesadas, melhor representando a realidade da experiência de dor. O instrumento ideal para avaliação de dor, portanto, deve incluir identificação da presença desta, bem como, o seu progresso em função do tempo ou do tratamento. Este instrumento deveria, também, ser aplicável a qualquer indivíduo, independentemente das características fisiológicas, emocionais ou culturais do mesmo. A recomendação importante é: “A auto-avaliação é o indicador mais confiável da existência e da intensidade da dor”.

            Agora, tome uma régua comum e a coloque com a face milimetrada para baixo. Suponha que a extremidade à esquerda seja zero, nenhuma dor. E a oposta seja 10, maior dor possível. Entre 0 e 10 faça uma marca, indicando a dor que você está sentindo neste momento. Se acima de 0, procure um médico. Se zero, parabéns, continue firme os exercícios garantindo a boa saúde do momento.

 

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