Talento e inteligência de um povo

Talento e inteligência de um povo

Desde o início do século XIX, os Judeus têm sido um povo extremamente bem-sucedido em diferentes domínios das atividades humanas, ainda que, até esta data, a discriminação por eles sofrida tenha ocorrido por toda a Europa, obstruindo, severamente, suas oportunidades para realizações. Com raras exceções, em muitas destas, não lhes foi permitido freqüentar universidades, tampouco adquirir qualificações para exercerem a medicina e a advocacia, ou, sequer, conhecimento e habilidade requeridos para serem bem-sucedidos em ciência e matemática. O fato de muitos deles falarem Yiddish, não lhes permitia aprofundarem-se em filosofia e literatura numa linguagem que os gentis europeus pudessem entender. Entretanto, a partir das primeiras décadas do século XIX, livres das antigas restrições, os Judeus começaram a desempenhar extrema, e continuamente, bem na economia, no comércio, na indústria e demais ocupações profissionais, sem deixar de lado a ciência e as artes, o que levou as pessoas a especularem, já na metade do mesmo século, se, sendo eles extremamente brilhantes em tudo que faziam, isto poderia ser atribuível ao seu intelecto.

            Em 1847, Lord Ashley, discursando no Parlamento Britânico, observou, “Os judeus são pessoas de um intelecto muito poderoso”. Afirmação a qual, em 1869, seguiu-se a de Francis Galton, similar credor da inteligência judaica. Nos EUA, Madison Marsh, médico, discutindo inteligência, exemplificou-a com a média inteligência dos Judeus, chegando, em 1898, a Mark Twain, renomado literato, escrever que a contribuição dos Judeus para a lista dos grandes nomes em literatura, ciência, arte, música, finanças, medicina e aprendizagem fecunda era desproporcional ao pequeno número de sua população, ou seja, era muita contribuição a despeito de serem, eles, um povo em pequeno número. No século XX, grande foi o número de pessoas que reiteraram a conclusão de que os Judeus desempenhavam bem devido, sim, a sua alta inteligência.

            No livro intitulado “The chosen people: A study of Jewish Intelligence and Achievement”, Richard Lynn (2011) analisa as evidências e os porquês de, em sua opinião, os Judeus “Ashkenazi” terem sobrepujado, em diferentes atividades humanas, os feitos das pessoas que viveram nas décadas intermediárias do século XIX. Sumariando estudos sobre a inteligência dos Judeus “Ashkenazi” nos EUA, Inglaterra, Canadá, Polônia e Israel, Lynn busca demonstrar que os mesmos têm um QI de aproximadamente 110 em relação ao QI médio dos europeus, que é 100, relatando evidências de que as realizações educacionais, e os altos níveis educacional e sócio-econômico, dos “Ashkenazi” em todos os países nos quais eles estão, ou têm estado, apresentam-se em números altamente significativos. Por exemplo, a magnitude do extremo desempenho dos Judeus em muitos contextos chega a ser fantástica. De tal forma que os Judeus Alemães sendo, aproximadamente, 0.8% da população no ano de 1930, receberam 24% do nos Prêmios Nobel para ciência e literatura. Na Itália, os Judeus sendo, aproximadamente, 0.075% da população têm sido os 24% laureados com o Prêmio Nobel. Ainda considerando uma lista de nascidos nos EUA, laureados com o Nobel, excluindo alguns deles, como, por exemplo, Einstein, que emigraram e fizeram sua carreira nos EUA, de um total de 200 ganhadores norte-americanos do Nobel, 62(31%) foram Judeus, premiados em ciência, literatura e economia. Em 2009, a Forbes Magazine publicou uma lista dos 400 americanos mais ricos e 32% destes eram Judeus, lembrando que os Judeus foram, apenas, 3% da população norte-americana durante o século XX.

            De modo similar, na Rússia, Judeus têm sido 2% da população produzindo 70% dos ganhadores do Prêmio Nobel. Além disso, 10 dos 14 laureados com os maiores prêmios em Matemática foram Judeus, enquanto 15 dos 33 grandes mestres do xadrez na Rússia eram Judeus. Perguntamos: “Por quê? Seriam estas habilidades inatas ou não?”. No próximo artigo, apresentaremos algumas teorias que podem explicar tal disparidade.

Compartilhar: