
Vitamina D e cálcio na saúde da mulher
A vitamina D é uma vitamina solúvel em gordura. Isto significa que só pode ser absorvida com gordura. A vitamina D não é encontrada em muitos alimentos. De fato, pode ser difícil obter quantidades necessárias de vitamina D somente a partir de alimentos. Alimentos que contenham naturalmente quantidades significativas de vitamina D são os peixes gordos e ovos. Para aumentar a ingestão de vitamina D, alimentos têm sido fortificados. O leite é um dos produtos mais consumidos daqueles que são fortificados com Vitamina D. Também, sucos, cereais matinais, pães, e iogurte também são fortificados com Vitamina D. Ovos também contêm vitamina D, a concentração mais elevada é na gema. Outras fontes de alimentos bons incluem de carne de fígado e costela de porco. Cereais com fibras são uma boa fonte, como são outros cereais matinais fortificados. O iogurte é outro produto lácteo que também fornece vitamina D.
Por sua vez, o cálcio é um mineral essencial que deve ser consumido na dieta. As doses diárias recomendadas de cálcio são mais elevadas durante a idade de pico de crescimento ósseo - entre 9 e 18 anos de idade. As doses recomendadas permanecem bastante altas durante todo o resto da vida, 1000 mg entre 19-50 anos de idade e 1200 mg após 51 anos ou mais. Alimentos ricos em cálcio incluem produtos lácteos, como leite, iogurte e queijo, e vegetais verdes escuros.
Considerando que a vitamina D e cálcio são nutrientes importantes os quais podem ser difíceis de serem exclusivamente obtidos somente a partir de alimentos, talvez, haja necessidade de complementá-los a partir de diferentes de suplementos dietéticos disponíveis no mercado. Tanto a vitamina D quanto o cálcio estão disponíveis em diferentes formas e de uma larga gama de valores calóricos. Muitos suplementos contêm cálcio e vitamina D, pois a vitamina D é fundamental na absorção de cálcio.
Há evidências recentes de que os níveis adequados de vitamina D na dieta podem desempenhar um papel na prevenção de certos tipos de câncer, diabetes, doenças autoimunes e outras formas de doenças agudas e crônicas. Até agora, todavia, o papel mais bem estudado para a vitamina D foi encontrado no câncer do cólon e de mama. De um modo geral, a vitamina D desempenha um papel na manutenção de células saudáveis, e quando os níveis de vitamina D são baixos estes efeitos protectores podem ser comprometidos.
A maioria das pesquisas sobre a associação entre câncer e vitamina D é observacional e, por causa disso, mais estudos epidemiológicos são necessários para apoiarem as conclusões até então pressumidas. Estudos observacionais incluem aspectos tais como questionários de frequência alimentar, entrevistas e gravação de ingestão dietética que são todos sujeitos a uma grande quantidade de desinformação e erro.
Estudos epidemiológicos têm como objetivo, sempre que possível, de revelar relações confiáveis entre diversos agentes biológicos, stress, ou produtos químicos e os indicadores de mortalidade ou morbidade. Neste caso, os estudos epidemiológicos estariam procurando a ligação entre a vitamina D e mortalidade por câncer e / ou morbidade. A identificação de relações causais entre estes agentes e desfechos de saúde é um aspecto importante da epidemiologia.
Por exemplo, no estudo The American Cancer Society Cancer Prevention Study II Nutrition cohort os pesquisadores analisaram mulheres na pós-menopausa que não tinham história familiar de câncer de mama. À estas 68,567 mulheres foram, então, dado um questionário investigando o consumo alimentar, a história médica e o uso de suplementos alimentares. Os investigadores analisaram especificamente cálcio, vitamina D, e consumo de produtos lácteos em suas dietas. O estudo concluiu que as mulheres que consumiram maiores quantidades de cálcio e vitamina D a partir de fontes lácteas diminuíram seu risco de câncer de mama.
A forte relação entre a ingestão de cálcio e o risco de câncer colorretal foi encontrada numa grande amostra em que os pesquisadores analisaram 135.000 homens e mulheres. Seus dados indicaram que as pessoas que consumiram 700 mg de cálcio por dia reduziram seu risco de câncer colorectal por 35-45% em comparação com as pessoas com ingestãode 500 mg de cálcio por dia ou menos. Este efeito só foi reconhecido na área distal do cólon, e a ingestão não mostrou qualquer efeito sobre o cólon proximal.
Também foi verificado num estudo prospectivo em que se acompanhou ao longo de 20 anos 4.843 casos de DM2 que a ingestão tanto de vitamina D quanto de cálcio tem um papel muito benéfico na redução do risco de diabetes tipo 2. Portanto, o estudo tem importantes implicações para a saúde pública haja vista que a suplementação de vitamina D e de cálcio é fácil de ser implementada e sem e sem muito custo para prevenir o diabetes tipo 2.
Ao modificar uma dieta visando incluir mais alimentos que contenham vitamina D e cálcio, pode-se, também, estar reduzindo o risco de certos tipos de câncer, diabetes, doenças cardiovasculares e outras doenças agudas e crônicas. Se alcançar as doses recomendadas de ambos, vitamina D e de cálcio, através de alimentos por si só não for possível, as demandas diárias podem ser atingidas com o uso de suplementos dietéticos. Todavia, não devemos esquecer que a exposição solar é a melhor maneira de obter vitamina D.