DIVERSIDADE E DISCRIMINAÇÃO:  RESPEITAR É PRECISO!

DIVERSIDADE E DISCRIMINAÇÃO: RESPEITAR É PRECISO!

Fomos sacudidos nos últimos dias pelo debate nas redes sociais sobre a importância ou não do respeito à pessoa, suas escolhas e à diversidade como um todo.

Afinal, somos compostos por pessoas de diferentes histórias, crenças, raças e etnias, orientações sexuais, gêneros, entre outros. Certo é que a diversidade representa a união dessas pluralidades, convivendo em harmonia, com respeito ao que é diferente e, sobretudo, visando a uma sociedade mais justa.

O Brasil, com toda a sua dimensão territorial e sua pluralidade cultural, religiosa e étnica, poderia ser um exemplo de diversidade cultural.

Porém, nem tudo são flores.

A definição da expressão diversidade diz respeito à qualidade daquilo que é diverso, diferente, variado; variedade, ou multiplicidade. O termo remete à ideia de pluralidade, isto é, reúne conceitos de múltiplos aspectos e que apresentam aparente diferença entre si.

A diversidade humana se refere às diferenças culturais, étnicas, ideológicas, religiosas, entre outras, que existem entre os seres humanos. Trata-se de algo grandioso, que deve ser respeitada para manter a paz.

A diversidade descreve as diferenças existentes entre as pessoas que fazem parte em um determinado grupo.

Dada a sua dimensão, a diversidade pode ser dividida em duas distintas categorias: as visíveis e as invisíveis. A primeira diz respeito à cor, sexo, raça, algum tipo de deficiência pode ser visível em uma pessoa, geralmente essas características não podem ser alteradas. A segunda, considerada características invisíveis, referem-se à personalidade, à profissão, à cultura, ao nível de escolaridade, o legado pessoal, e até mesmo ao estilo de vida. Como exemplos comportamentais, nesta linha de raciocínio tem-se pessoas extrovertidas ou introvertidas.

A diversidade é uma característica básica da sociedade humana, que permite condições para um mundo mais dinâmico. Ela permite que um grupo seleto de pessoas, pense de forma independente (Malcolm Forbes).

O bom senso recomenda que o respeito pelas diferenças deve ocorrer tais como: valores, crenças, religiões e heranças culturais.

Da mesma forma, promover atitudes positivas referentes às diferenças, propiciando um ambiente saudável e possibilitando o diálogo através de uma comunicação aberta e agir com firmeza e calma diante de situações discriminatórias, o que consiste em, (repito) respeitar as diferenças dos outros.

O Respeito à diversidade é também uma forma de promover inclusão das pessoas em determinado grupo social, uma vez que o respeito é fundamental como forma de permitir e aceitar o outro.

A diversidade é uma das maiores riquezas do ser humano no planeta e a existência de indivíduos diferentes em uma cidade, em um país, com suas diferentes culturas, etnias e gerações fazem com que o mundo se torne mais completo.

Todos somos diferentes. Temos, portanto, dessemelhanças que formam nossas individualidades. Mas isso é uma das grandes dificuldades da convivência social, a falta de respeito e tolerância com a diversidade humana.

A valorização da singularidade elimina o preconceito, a discriminação, a iniqüidade social.

As desigualdades sociais têm sua origem na falta de respeito à diversidade.

Enquanto agirmos desconsiderando o conceito, antes de tudo, ético e moral, da equivalência humana, não obstante suas diferenças, teremos um mundo cada vez mais cheio de conflitos e injustiças, nos tornando componentes de uma sociedade individualista.

As particularidades dos indivíduos, quando somadas, constroem a dinâmica da sociedade com o espírito de igualdade dos diferentes. As nossas interações e os nossos relacionamentos exigem de cada um de nós, respeitar, honrar e compreender a diversidade.

Para construirmos uma sociedade aberta, livre e tolerante é preciso identificar nossos preconceitos mais arraigados, problematizar nossos valores éticos e estéticos, nossas noções de certo e errado, de normal e patológico, de diferente e deficitário.

Só com a identificação dos nossos preconceitos poderemos reconhecer o valor da diversidade na construção de um mundo efetivamente compartilhado, um mundo em que a pluralidade de crenças, tradições, estilos de vida, formas corporais, modos de organização subjetiva individual, relacionamento pessoal, práticas sexuais, laços de família, etc., possa ser percebida como expressão da riqueza da experiência humana.

Lembrando que, três anos é o tempo de reclusão a que podem ser condenadas pessoas que cometerem a chamada LGBTIfobia, que consiste em praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito em razão de orientação sexual ou identidade de gênero contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, pessoas trans e intersex. As condutas LGBTIfóbicas, previstas no artigo 2º da Lei 7.716/1989, foram reconhecidas como criminosas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em junho de 2019. 

 

REFERÊNCIAS:

-Jornal diário de primavera do leste, Versão digital,  “Diversidade”, Ernesto de Sousa Ferraz Neto,, ed. de 17 de Fevereiro de 2020.

 - Instituto CPFL, Diversidade humana: o valor das diferenças em um mundo compartilhado.

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