Da teoria à prática!

Da teoria à prática!

Chega de reunião! Menos conversa, mais ação! Ao que parece um desabafo, o livro de Scott Snair é uma mistura do óbvio com o bom senso e que todos são forçados a concordar.

Ao analisarmos as práticas pedagógicas, cabe-nos inquietarmos com a dicotomia que existe entre a teoria e a prática, como se elas não fossem as duas faces de uma mesma moeda.

Atualmente, a discussão em tornar a Educação Ambiental como disciplina nas escolas voltou à tona. De acordo com Souza (2000) a Educação Ambiental é uma atividade estratégica, por ser a opção mais viável para o esclarecimento das novas gerações.

Em 1965, na Conferência de Educação da Universidade Keele – Inglaterra, foi utilizado pela primeira vez o termo Educação Ambiental, ainda com um enfoque voltado para conservação, sendo seu instrumento de vinculação a Biologia. Três anos depois, um estudo realizado pela UNESCO (United Educational, Scientific and Cultural Organization), deixou claro que a Educação Ambiental não deveria constituir-se como disciplina, tendo em vista sua complexidade e interdisciplinaridade intrínseca, abordando o meio ambiente não somente como o entorno físico, mas, com aspectos sociais, econômicos, culturais e outros. Nos anos 80, vários seminários e congressos em todo o mundo levaram adiante o desenvolvimento da Educação Ambiental. A década de 90 foi marcada pelas inúmeras conferências mundiais em que a educação era um tema sempre presente pela criação da agenda 21 (Medeiros, Mercês, 2001).

Como vemos...o assunto tem sido discutido há um bom tempo. Talvez este seja o problema.

Está na hora de colocarmos em prática os assuntos tão discutidos em salas aconchegantes com ar condicionado e cafezinho. A questão não é tornar ou não a Educação Ambiental como disciplina; até porque este assunto gerou e gera infinitas discussões e não se chega a um acordo – justificativa para novas reuniões. A questão é: não importa se será uma disciplina ou não, desde que seja tratada nas escolas e comunidades em geral de forma clara, com mais ação! Ao invés de se discutir onde a Educação Ambiental se encaixa no contexto didático, deveríamos já há um bom tempo, inserir no dia-a-dia de todos, levando conscientização com as ferramentas que temos. O mundo não espera. A degradação do meio ambiente cresce assustadoramente enquanto realizamos um coffee break engravatados “tentando” resolver o problema de logística. Acredito que, todos os eventos realizados até o momento (e muitos ainda serão), não se chegou a conclusão alguma. Pouco importa se a Educação Ambiental será uma disciplina ou não. Vamos parar de muita teoria. O problema não é teórico, é real. E é com ação que vamos resolvê-lo.

Reuniões devem ser realizadas com bom senso. Quando necessárias. Porém, deve sair algo concreto, conclusivo e aplicável. Caso contrário, a reunião perde seu sentido. Teorizar demais a Educação Ambiental impede sua aplicação! 

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