Desenvolvimento sustentável

Desenvolvimento sustentável

Está na moda e muito se fala em sustentabilidade, impacto ambiental e diversos veículos que incorporam o selo verde de ecológico não é mesmo? Mas, será que estamos abertos para entender e mais do que isso, aplicar estes conceitos na prática? As intervenções sobre o meio ambiente, adaptação às necessidades, produção e consumo humano, seguem alternativas para preservar as gerações futuras das inevitáveis catástrofes há algum tempo.  

De acordo com a definição do Relatório de Brundtland - documento intitulado “Nosso Futuro Comum” (Our Common Future), publicado em 1987, o desenvolvimento sustentável é concebido como:

“o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.”

Acredito que estamos nos despertando para o perigo não tão distante assim. Ao menos, discussões estão sendo levantadas e práticas menos impactantes estão sendo realizadas. Sim, estamos longe do que pode ser considerado modelo ideal, mas, é um progresso.

Na retomada das questões ambientais pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1980 ficou claro que nessa nova visão das relações homem-meio ambiente, que não existe apenas um limite mínimo para o bem-estar da sociedade; há também um limite máximo para a utilização dos recursos naturais, de modo que sejam preservados. A Conferência de Estocolmo sobre o Ambiente Humano das Nações Unidas foi a primeira Cimeira da Terra (Eco-92), onde ocorreu pela primeira vez em nível mundial preocupação com as questões ambientais globais. Além da sensibilização das sociedades e das elites políticas, a Conferência de Estocolmo teve, como resultado, a produção de alguns documentos oficiais fundamentais:

- A Carta da Terra;
- Três convenções:
1. A Convenção sobre Diversidade Biológica, tratando da proteção da biodiversidade;
2. A Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, tratando da redução da Desertificação; e
3. A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, tratando das Mudanças climáticas globais;
- A Declaração de Princípios sobre Florestas;
- A Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento;
- A Agenda 21

Segundo o Relatório da Comissão Brundtland, uma série de medidas deve ser tomada pelos países para promover o desenvolvimento sustentável. Entre elas:
- limitação do crescimento populacional;
- garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) a longo prazo;
- preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;
- diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso de fontes energéticas renováveis;
- aumento da produção industrial nos países não-industrializados com base em tecnologias ecologicamente adaptadas;
- controle da urbanização desordenada e integração entre campo e cidades menores;
- atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia).

Também conhecido como os 3 Rs da sustentabilidade (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), são ações práticas que visam estabelecer uma relação mais harmônica entre consumidor e Meio Ambiente. Adotando estas práticas, é possível diminuir o custo de vida (reduzir gastos, economizar), além de favorecer o desenvolvimento sustentável (desenvolvimento econômico com respeito e proteção ao meio ambiente).

Provocados com certa angústia, os velhos conhecidos “clichês” sobre meio ambiente, por si só não agem. Frases soltas e bonitas, nada fazem se não colocarmos seu uso diário em cada local que estamos inseridos.
 

Consciência é como uma fechadura: se sua fabricação é defeituosa, será problemática sua abertura (Richard Sibbes).

 

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