E com a palavra: os especialistas !

E com a palavra: os especialistas !

Vivemos talvez a pior pandemia de todas: a infodemia.

O termo se refere a “um grande aumento no volume de informações associadas a um assunto específico, que podem se multiplicar exponencialmente em pouco tempo devido a um evento específico, como a pandemia atual. Nessa situação, surgem rumores e desinformação, além da manipulação de informações com intenção duvidosa. Na era da informação, esse fenômeno é amplificado pelas redes sociais e se alastra mais rapidamente, como um vírus”. (Garcia e Duarte, 2020)

O Dr. Google e Dra. Wikipedia são as fontes dos gurus – detentores do conhecimento. De uma hora para outra nos tornamos especialistas em pandemia, microbiologistas, entendemos tudo de medicamentos e melhores recursos e ferramentas de como lidar com tudo isso. Entendemos tudo de vírus, transmissibilidade, vacinas emergenciais, e por aí vai...

A leitura de um ou dois artigos científicos, a escuta de opiniões, a leitura de um breve texto no The Washington Post...e bingo! Somos catedráticos no assunto, podemos opinar e sempre somos os donos da verdade.

Não se tem o debruçar sobre trabalhos científicos sérios por horas a fio; analisando metodologias, comparando técnicas, avaliando resultados; para se chegar, depois de muito tempo de observação a uma conclusão embasada imparcial.

Os gurus, procuram discussões rasas e superficiais, onde buscam um debate político ideológico e não uma discussão científica.

Dizem em nome da Ciência. Qual ciência?

Onde se encontra a Ciência séria e com rigor, que diminui à um remanescente a cada dia e é pouco ouvida e consultada? A Ciência séria deve ser respeitada quanto a necessidade de deixar o tempo de investigação e observação, falarem por si só.

Do “autoritarismo necessário” à ausência das sandálias da humildade, os “especialistas da vez” ocupam os palcos em discursos ditatoriais. Os pHDeuses não descem no pedestal para retratar prospecções apocalípticas.

Vaidade de vaidades, diz o pregador. Tudo é vaidade (Eclesiastes 1:2)
 

Referência:

https://www.scielosp.org/article/ress/2020.v29n4/e2020186/

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