Blog Diário do bebê: novidades para você

Luciana Herrero

13 Fev 2014 16:42

Tema: Amamentação e exercícios físicos

“Estou grávida de 26 semanas e adoro fazer exercícios físicos. Tenho feito caminhadas leves e hidroginástica. Não vejo a hora do bebê nascer para poder voltar ao meu ritmo de treino, bem mais intenso. Será que o treino vai atrapalhar na minha amamentação? Muitos dizem que se eu treinar muito, o leite não será adequado para meu bebê. Devo dar ouvido aos comentários? J. 40 anos.”

De fato, muitos falam que o leite materno estraga após o exercício, ou que fica com gosto ruim. Não se preocupe, isto não é verdade. É mais um dos mitos que envolvem a amamentação. A lactação não é incompatível com a atividade física. Estudo mostrou que não houve diferenças entre antes e após sessões de treinamentos no que se refere à temperatura da pele materna, temperatura do leite, ingestão do leite pelo bebê e aceitação do leite pelo bebê.* Mesmo nos exercícios de alta intensidade, não houve interferência na amamentação. Portanto, você pode voltar a se exercitar sem medo. Contudo, prefira sempre praticar atividades físicas sob a orientação de um profissional especializado, para não exagerar na dose e não sofrer lesões.

Costumo brincar que seio materno não é geladeira, e que leite materno não é leite de caixinha. Pois, o leite materno não tem data de validade, e nem estraga dentro do peito. Confie na sabedoria da natureza. Quantas mulheres, desde a época das cavernas, exercem suas atividades físicas rotineiras no pós-parto, coletando frutos e até caçando, sem que isto prejudicasse suas crias. A atividade física não atrapalha o volume ou a qualidade do leite, não azeda o leite. Mas, pode sim aumentar seu gasto calórico e favorecer a desidratação, por isto, não deixe de se alimentar e hidratar de forma adequada, de preferência sobre a orientação de um profissional da nutrição, nutricionista ou nutrólogo.

Fonte: Does exercise intensity or diet influence lactic acid accumulation in breast milk? Quinn TJ, Carey GB.-Publimed. Acessado:  https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11927700

Com carinho,

Dra. Lu

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